▪️035

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Fomos até meu carro. Ele abriu a porta do carona pra mim e nem ousei dizer que eu iria dirigir. Pra dizer a verdade, eu não conseguiria. Eu tremia dos pés a cabeça, já sentindo o fim se aproximando.

Mas depois de um tempo eu me xinguei internamente. Eu nunca fui uma covarde. Tudo bem que nunca me envolvi com um homem maduro e tão poderoso quanto Josh, mas nem por isso eu deveria deixar de ser eu mesma, ou seja: meio maluca, mas cheia de atitude.

Tomei coragem, pigarreei e disparei a falar.

–Josh... olha... tudo bem sei que você não queria que isso acontecesse. Mas não precisa agir assim sabe? Quando você quiser que eu saia da sua vida eu irei e...

–Que merda é essa que está dizendo?

–Hum... você ouviu o que eu disse e ficou chateado então...

–Eu não fiquei chateado pequena. Estou apenas colocando meus pensamentos em ordem para que eu faça tudo da forma como deve ser feito.

–Como? Não entendi.

Ele desviou os olhos do trânsito e me encarou, olhando fundo em meus olhos.

–Gabrielly... se você TAMBÉM está tão apaixonada... não tem porque deixar seu pai de fora da situação. Eu me segurei porque você ainda é muito jovem, talvez estivesse apenas... deslumbrada comigo. Mas agora que sei que meus sentimentos são correspondidos à altura... nada irá me impedir de contar tudo ao seu pai.

Puta merda!

– Josh, não... – comecei e ele me lançou um olhar irritado.

– Any, eu não sou um adolescente. Se ficar comigo estamos tendo um relacionamento sério. Não um namorico de escola. – suas palavras eram duras, mas eu entendi o que ele queria dizer.

– Mas e se ele nos afastar? – sussurrei temerosa e ele pegou minha mão.

– Princesa, não pense no pior.

– Mas, - meus olhos se encheram de lagrimas. – Ele vai pensar no pior. – funguei e ele parou o carro no acostamento, e desafivelou meu cinto e me pegou no colo.

– Olhe para mim. – olhei e ele beijou meus lábios, em seguida sorriu.

– Vamos nos concentrar em uma coisa de cada vez. Eu vou falar com seu pai. Eu não vou me esconder como um moleque. E depois veremos o que rola. Ok?

– Ok. – ele me beijou de novo, e me ajudou a sentar no meu lugar, voltou a ligar o carro, assim que estava de cinto, e dirigiu em silêncio.

Eu praticamente roia minhas unhas. Josh estava louco, e se meu pai o matasse? Melhor me certificar de que ele estaria bem longe das suas armas.

Quando o carro parou olhei em pânico para minha casa. Josh saiu do carro, e em seguida abriu a porta pra mim, ele agarrou minha mão e entrelaçou nossos dedos dando um beijo rápido.

– Vai ficar tudo bem.

– Ok, ok. – ele sorriu e caminhamos para a casa, peguei minhas chaves, mas ele negou e bateu na porta. Demorou alguns minutos, dois no máximo, mas parecia que foram horas. Quando a porta abriu minha mãe estava de roupão e olhou de mim para Josh e em seguida nossas mãos entrelaçadas e bocejou.

– Tinha que ser tão cedo? – ela resmungou e abriu mais a porta para que entrássemos.

Entramos e fechei a porta, Josh sorriu para minha mãe murmurando bom dia, mas não soltou minha mão.

– Priscila quem era? – meu pai desceu as escadas e deu de cara conosco. – Josh... – ele começou a falar e notou nossas mãos unidas. – Mas o que...?

𝗠𝗮𝗱 𝗧𝗲𝗺𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻|𝗕𝗲𝗮𝘂𝗮𝗻𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora