▪️026

15.3K 907 316
                                    

Com o pé machucado e toda cheio de faixas nos braços não podia e nem queria ir à escola. Felizmente o medico receitou repouso e teria uns dias pra me recuperar. Sem contar que andar com essa bota, ia ser um mico.

Os dias seguintes foram um saco, presa em casa e em repouso, não que eu quisesse ficar deitada, mas meu corpo estava dolorido e eu precisava ficar deitadinha pra melhorar.

Na quinta eu acordei me sentindo bem melhor, e animada pra sair. Vesti um vestido e um tênis em um pé só, maldita bota. Meu vestido batia nos joelhos, e era até comportado. Meus braços estavam enfaixados e coloquei um casaquinho por cima.

Amarrei o cabelo em um coque frouxo e desci as escadas, ou melhor, manquei pelas escadas, ouvi minha mãe cantarolando na cozinha e fui para lá.

– Bom dia dona Priscila.

– Oie linda. – sorri e sentei-me à mesa me servindo de suco.

– Pai já foi?

– Sim, e o que faremos hoje? – esses dias ela havia me feito muita companhia enquanto víamos TV, ou ela fofocava sobre a vizinhança de Forks. Mas meus planos hoje eram outros.

– A senhora eu não sei, eu vou a Port. Angeles.

– Como? – ela me olhou curiosa e fiz uma careta.

– Merda! – havia esquecido que eu não tinha mais moto, e com o pé assim não dava pra ir. Olhei pra ela com cara de pidona e ela riu.

– Eu preciso mesmo ir a Port. Angeles. – murmurou e ri indo até ela e beijando sua bochecha.

– Você é a melhor mãe do mundo.

– Eu sei disso. – cantarolou e foi em direção as escadas. – Vou me arrumar.

– Ok.

Terminei de comer e fui para a sala esperar ela se vestir, liguei a TV e fiquei mudando de canais. Uma meia hora depois, ela desceu arrumada, até demais, e sorriu dando uma voltinha.

– Como estou?

– Está bonita. Agora por que se arrumou toda?

– Quero estar bonita, quando ver meu genro.

– Mãe, não viaja. Você nem precisa entrar, Josh me trás de volta.

– Magoei. Não posso nem dar um oi, pro meu genro favorito. – rolei os olhos.

– Claro que pode. Mas é só um oi, em. – ela piscou pra mim e me puxou pro carro.

A viajem até lá foi tranqüila, ela ficou falando metade do caminho, e na outra metade cantando com todas as musicas que tocavam no radio. Eu só dava risada da sua animação, minha mãe parecia que tinha quinze e não quase 40. Assim que chegamos ensinei o caminho até a concessionária de Joshua, e ela estacionou em frente.

– Nossa que lugar chique.

– É Josh vende carros importados. – ela olhou em volta e me deu uma cotovelada.

– Tirou a sorte grande em filha.

– Mãe. – ela riu e me abraçou pelos ombros.

– Estou brincando querida, eu sei que você o ama.

– Shiii, não fala isso.

– Por quê?

– Eu não sei se isso é verdade. – ela arqueou uma sobrancelha.

– Sério?

– Mãe, a gente acabou de se conhecer, se eu disser que amo ele. Ele vai fugir.

– Gabrielly, ele não é um adolescente. Joshua é um adulto, ele não vai te largar, só por que você o ama.

𝗠𝗮𝗱 𝗧𝗲𝗺𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻|𝗕𝗲𝗮𝘂𝗮𝗻𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora