Era uma vez uma babá....

8

Aproveito o dia com Ana e Louis (forma carinhosa que escolhi chama-la) e foi um dia muito divertido. Conversei bastante com Ana e compartilhamos coisas da vida. Ela ficou muito triste quando contei a situação da minha mãe e falou que perdeu a dela por um motivo semelhante e que foi muito difícil na época.

Dou a mamadeira com leite para a Louis na cozinha mesmo enquanto converso com Ana. Pergunto sobre a mãe da bebê e ela não dá muitos detalhes, apenas disse que não a conhece.

Resolvo tomar um copo de suco com a Louis no colo e foi uma péssima ideia pois ela estava muito animada e simplesmente deu um tapão no meu copo, não caiu e quebrou pois eu segurei a tempo, porém ficamos banhadas de suco de laranja gelado. Fiquei olhando a reação da pequena que só fazia gargalhar de alegria enquanto meu coração faltava pouco sair pela boca por causa do susto. Ana nos olha admirada pelas risadas da bebê e aviso que vou dar um jeito na bagunça.

Ela mesma faz questão de limpar o chão e o balcão e vou ao quarto da pequena dar banho nela primeiro. Depois de colocar um body Branco com algumas flores coloridas a levo ao meu quarto.
Depois de sair do banheiro ouço batidas na porta e logo vou abrir. Estava brincando com a bebê e a mesma dava tantas gargalhadas mesmo deitada na minha cama parecia não se incomodar. Eu não resistia ao seus encantos e ria da sua empolgação.

_Cadê a minha filha?- pergunta Sr. White, irritado. O sorriso morre em meus labios e apenas dou espaço para que ele e sua grosseria veja a bebê em minha cama. Ele não faz questão de pedir licença e entra como um furacão em meu quarto pegando sua filha e levando-a com ele. O olho da porta vendo suas costas balançando e sumindo no corredor e volto para o quarto.

_Que cara estranho. - digo e vou pentear meu cabelo molhado e enrolo em uma toalha com muito jeito para não me descabelar. Meu cabelo vai um pouco abaixo do ombro mas não vejo a hora dele crescer mais, amo cabelos longos.

Chego na cozinha depois de um tempo e encontro apenas Ana sentada no balcão mexendo em seu celular. Eu vi meu chefe com a bebê na sala de jantar enquanto o mesmo estava se servindo e conversando sobre o dia com a pequena que apenas o olhava e passei direto sem que eles me vissem.

Estou ajudando Ana com a louça enquanto ela resolve um assunto urgente no celular com o seu filho.

_Ela quer você- meu chefe entra carrancudo na cozinha com a filha que se remexe em seu braço a todo custo. Ela não para de resmungar até eu enxugar as mãos e pegá-la.

Enquanto balanço sutilmente minha pequena em meus braços sinto os olhares queimando em mim. Ana me olha com satisfação nos olhos, já meu chefe parece ter ódio de mim.
Acho que ele não gosta da nossa proximidade. Mas não posso deixar a bebê de lado. Até porque é o meu trabalho.

_Já acabou de jantar?- Ana pergunta e olho sutilmente para Dominic vendo-o negar.

_Perdi a fome. - ele diz vindo em minha direção querendo pegar a bebê que se agarra a alça de minha blusa com muita força. Por reflexo ponho a mão em meu decote, que mesmo sendo pequeno corre o risco da bebê da um puxão e eu passar uma baita vergonha.

_Ela não quer ir senhor. - digo e ele suspira.

_Venha ficar um pouco comigo na sala. Quero aproveitar minha filha, mas vai ter que ser com você pelo jeito. -

Balanço a cabeça em concordância e o sigo até a sala. Me sento no sofá e ele ao meu lado. Tentando chamar a atenção da pequena que não parece muito interessada nele no momento.

Ele não desiste e continua insistindo. O admiro um pouco nesse momento. Mesmo com todo mal humor e provável cansaço ele não deixa de tentar aproveitar o tempo com a filha. Mesmo que ela não esteja querendo no momento.

Vejo todos os seus esforços em vão e sinto pena pôs a pequena nem da bola. Decidi ajudar em seu sofrimento e coloco a Louis em seu colo, mesmo com a pequena relatando me ajoelho em sua frente para ter um contato mais próximo e fico brincando com ela em seu colo. Ele sorri com as pequenas gargalhadas dela e acabo sorrindo também. Em alguns minutos ela conseguiu tirar toda a sua pose de ranzinza.

Vejo-o seus olhinhos se fechando e saio da sala para que eles aproveitem esse momento de calmaria. Eu sei que ele quer, e precisam.

Volto pra cozinha e não vejo mais Ana. Esta tudo limpo e guardado então significa que demorei muito lá na sala. Vou ao meu quarto e ponho um pijama pra dormir. Não precisarei tomar outro banho já que graças a Deus hoje não está calor.

Deito em minha cama e ponho um alarme para as 6 horas. Ainda não sei como é o horário da bebê, então espero que ela durma a noite inteira e eu me adapte logo.