48- Dominic

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Acho que essa realmente será o último plot da história. Vou revisar pra ver se não estou com pontos em abertos, para fazer a correção. Mas sim gente está acabando.
*Lembrando que não sou policial, advogada, ou assistente pública, tudo é ficção nesse capítulo, não estou considerando nenhum termo real. Então me perdoem pelos erros, fiz uma breve pesquisa apenas.

Dêem uma lida no capítulo passado pra lembrar onde paramos.

***

Boa leitura 😘

Eu achava que era apenas mais um dia normal, estava finalizando as coisas no meu escritório pronto pra ir pra casa comemorar o aniversário do meu sogro.
Nem sou de festas, mas minha amada mulher estava muito empolgada por passar mais um ano com o pai e essa parte eu entendo bem por ser órfão de pai.
Cada segundo compartilhado é um presente, então me animei com ela. Vi ao longo do dia confirmações de compras e isso me fez sorrir muito. Em outros tempos ela nem teria tocado no cartão, não importaria para o que fosse e hoje ela está comprando em uma joalheria cara nível senhora White, então isso me fez feliz porque demonstra que ela está confortável pra isso e foi muito difícil faze-la chegar a isso. *Tapinhas no meu ombro pelo esforço* estava recolhendo na recepção uma cesta dos bombons preferidos da família, quando ouvi burburinhos dos funcionários e fui ver do que se tratava pois ainda era horário de trabalho pra alguns e eles estavam assustados apontando algo.

Da recepção havia um ponto de visão para o estacionamento principal onde meu carro está estacionado e eu fiquei entre vermelho e branco com a mistura de raiva e pavor da cena onde o protagonista era uma criança, parecia suja e chorava horrores pois o homem que estava ao seu lado não parava de disparar gritos e chutes na criança inocente. Não importa o que me digam, não há nada que uma criança tão pequena possa ter feito para merecer chutes e pontapés de um adulto com o tanto de força que aquele neném está levando.

Ouço palavras como "Inútil", "Sugador de dinheiro" e "bostinha" disparando da boca do homem sem parar. Sem aguentar presenciar aquilo como todos os outros, corro feito louco e agarro a criança pouco antes de mais um chute acertar sua barriguinha. A criança se encolhe em dor e não parece enteder muito o que está acontecendo ao seu redor, tudo que vejo é uma senhora um pouco mais ao lado com os olhos lavados em lágrimas e com o corpo frágil tão debilitado que eu realmente tenho medo que desabe a qualquer momento.

- Dominic ponha meu filho no chão! Estou ensinando esse trombadinha uma lição.

- Não!- grito disparado.

- Ponha-o no chão agora!-

- Não! Eu não farei! Quem você acha que é para me dar ordens ou para punir uma criança desta forma. Você é um animal, seu lixo. Quem é você para falar assim comigo e se achar no direito de sair ileso desta situação?!- olho em seu pescoço um crachá e vejo que ele é um estagiário na área da gerência. Secretário de algum gerente na verdade. Não lembro de ter contratado alguém assim, o que indica que provavelmente veio por indicação de alguém. Pude sentir os meus nervos fervendo ainda mais. Disco o número do RH para que o demitam por justa causa e explico o que houve.

Quando finalmente os seguranças chegam ao meu lado peço para direcionar aquele estrume até uma delegacia onde faço questão de ir fazer um boletim para relatar toda a ocorrência.

Descubro que ele é o pai da criança, e que segundo ele estava corrigindo a criança por ser folgada quando na verdade ele abandonou a criança sozinha em casa e a vizinha (a senhorinha em lágrimas) o vigiava sempre que ele saía porque era costume deixar o menino abandonado sem qualquer cuidado, supervisão e até comida. Porém a criança teve uma forte dor e precisou ser levado ao médico e ele não queira ter que cobrir o atendimento que foi feito, com dinheiro que foi tirado do pouco sustento da vizinha que só foi levá-lo até o pai pois precisava do dinheiro gasto, para os mantimentos e porque durante os dois dias de internação da criança ele não foi procurá-lo nem uma vez.

Como pai, toda essa história me deu um forte embrulho na barriga além da enorme sensação de injustiça com a criança. Acho que nunca me senti tão frustrado.
Pedi, não. Implorei ao delegado para que me deixasse ficar com a criança. Falei que bancária os médicos, remédios, alimentos e educação. Tudo, mas que não queria que ele voltasse para os cuidados daquele lixo.

Tanto ele quanto um assistente social, tentaram me explicar que a criança deverá ficar com algum parente mais próximo. E eu óbvio não aceitei isso. Ele não tem parentes que cuidem dele, se não fosse a vizinha que não tem nada a ver com a história, eu nem sei o que teria sido desse menino até aqui. Eu insisto que não vou deixá-lo para trás para viver em lares temporários, para crescer descuidado ou viver em um orfanato como uma criança sem escolhas. Quando eu estou bem aqui disposto a ser seu lar e dar todo o suporte e amor do mundo.

-Senhor White. Iremos ver se há alguma possibilidade de tornar sua casa um lar temporário. Geralmente isso leva tempo. Lar temporário como já diz é pra ser algo temporário até que a criança consiga se estabelecer com o os reais parentes. Tem todo um cadastro onde você atesta está apto a acolher sem ter intensão de torná-lo filho. Só por isso já não dá certo. O que o senhor quer é uma adoção, mas nem a criança está em abrigo, nem o senhora em nenhuma fila de espera. O que complica toda essa questão. Ele vem sendo criado pelo pai. O que significa que ele tem família.
Agora sendo constatado que o pai não é uma boa influência ou um bom provedor e cuidador, será punido por abandono de incapaz. A criança deverá ser levada a algum orgão de acolhimento. Para a adoção que o senhor quer, primeiro o senhor e sua esposa deverão se registrar, ir atrás de uma adoção não é fácil e a fila de espera é grande e varia de criança pra criança.

- Delegado. Eu posso me tornar cuidador dele por apenas alguns dias então? Eu realmente quero ser o principal responsável por ele. Não vou conseguir dormir sabendo que ele está sei lá aonde, amparado por nem sei quem. Eu sou pai, senhor. Não conseguiria ficar bem sem saber onde minha filha está, se está sendo bem cuidada. Me entenda por favor. - nesse momento já sentia as lágrimas saírem sem controle dos meus olhos.

- Eu prometo cuidar bem dele e entrar onde for preciso para mantê-lo comigo seguro e protegido.

- Sua esposa concorda com isso Sr White? O senhor disse que tem uma filha, então essa filha tem uma mãe e essa mãe concorda em ter outra criança que não é filho dela sendo criado como se fosse? -

Me empalideci por um instante pensando na minha filha, e na minha amada.

- A mãe da minha filha já é falecida senhor, e minha noiva cuida dela como se fosse seu próprio sangue. É uma história complexa, o senhor pode conversar sobre isso com o meu advogado? Eu deveria estar comemorando o aniversário do meu sogro agora, minha família está toda em casa me aguardando. Mas sou incapaz de abandona-lo aqui assim. -

Ligo para Lucas por ser meu advogado e amigo espero que ele possa me ajudar com mais essa. Ele falou que logo chegará.

- Olá, sou o advogado do Sr White e gostaria que me informassem tudo o que foi conversado até agora. -

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Capítulo não revisado ainda.

O que estão achando dessa bomba?

Sério, o que vocês fariam se fosse você no lugar do Dominic? Pq eu com certeza ia querer cuidar também. A diferença é que aqui é uma ficção e na vida real eu não tenho money.

Não sei se perceberam, mas o nosso mini querido não tem um nome. Estou pesquisando alguns aqui e gostaria de sugestões. Que nome você daria ao filho da Sarah e do Dom?

A Louisa vai ter um irmãozinho! Tô empolgada!!! 😭🤧🤧

Quando batermos os 100k de leituras eu venho. Com mais dessa família fofinha pra vocês.

Era uma vez uma babá....Onde histórias criam vida. Descubra agora