Capítulo 37

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Capitulo 37

Um mês depois...

Ele disse que me amava, ele jurou que jamais sairia da minha vida e hoje, um mês depois eu estou sentada de frente a uma advogada. Eu também disse que o deixaria fora da minha vida para sempre e agora estou aqui, cheia de ódio e com um desejo de vingança enorme.

O pior sentimento que tem é o do amor que se transformou em ódio. E o meu amor agora está adormecido.

— Senhora Marques? Quer mesmo dar continuidade a esse processo? — a advogada bonita de cabelos pretos e longos, pergunta.

— Sim. — respondo firme.

Eu hesitei por uns dias, a ideia de um divorcio que veio dele devo confessar que não foi uma coisa fácil, mas eu estou pronta para isso.

— Tudo bem então. Como o seu marido já havia entrado com o pedido, eu me juntei ao advogado dele para ler os papeis.

— Eu não quero aquele acordo dele. — falo. — Eu quero o meu acordo. Eu quero tirar tudo dele. Essa casa, os bens dele e tudo que eu puder.

A advogada consente.

— Não será uma coisa fácil, mas eu estou disposta a tudo isso. Não se preocupe, vamos ganhar essa causa.

[...]

O restaurante em que estou não está tão movimentado assim. Algumas pessoas tomam o café da tarde, enquanto eu apenas beberico a agua, a espera.

Não demora em que finalmente ele entre no recinto, usando seu terno azul.

— Ayra. — ele cumprimenta dando um leve beijo em minha mão.

— Enrico. — cumprimento de volta. — Sente-se. — ofereço e ele se senta.

Seus olhos continuam tão azuis e cheios de segredos como da ultima vez que o vi naquele salão.

Ele me olha cheio de perguntas.

— Já pediu alguma coisa? — indaga, tomando um rumo no assunto diferente do que eu esperava.

— Ainda não, mas...

— Então vamos jantar juntos, já estamos aqui mesmo e esse é um dos melhores restaurantes da cidade. — ele acena para o garçom sem antes eu responder qualquer coisa. — Eu não sei você, mas eu estou faminto.

Admito mentalmente que eu também estou. Quase não como direito, por isso não recuso.

O fato de estarmos jantando juntos não quer dizer que somos amigos ou que confio nele, apenas vou deixar passar desta vez.

Nosso jantar chega e junto um bom vinho. Depois de alguns segundos comendo, eu decido que já basta.

— Você deve saber o porquê chamei você aqui. Não é? — pergunto.

Enrico limpa os lábios rosados e dá de ombros.

— Você está se divorciando, eu soube. — diz e esse assunto não me deixa tão desconfortável. No fundo eu já sabia que não ia demorar em todo mundo saber dessa verdade, e eu preciso me adaptar a ela. — Devo dizer que sinto muito?

— Não ouse, eu não sinto. — respondo.

— Vocês pareciam se amar demais e esse divórcio me pegou de surpresa. Claro que, eu já esperava. Conheço Tarkan e sua família, eu já sabia que um dia eles iam te expulsar.

Isso mexe comigo. Eu deveria ter sido mais dura. Finjo que não me afeta.

— Não estou aqui para lamentar isso. Na verdade, eu quero vender a minha parte da empresa para você.

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