Capítulo 16

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CAPITULO DEZESSEIS.

"Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito."

William Shakespeare.

Meus olhos estão presos no teto branco do quarto, enquanto minha mente trata de me mostrar com clareza tudo o que aconteceu na noite passada. Minhas mãos deslizam para meus lábios e os toco levemente, sentindo ainda o gosto dos lábios de Tarkan. A maneira como tudo não aconteceu não deixa de me bambear. Tudo em mim estremece.

Quero muito fazer alguma coisa, mas tudo que consigo é me questionar de o porquê disso.

Sento-me na cama quando ouço a porta se abrir.

Tarkan entra usando sua calça moletom preta e uma camisa branca que está pregada em seu corpo, mostrando seu abdômen durinho por conta do suor em excesso que escorre dele.

Deus como ele é... Exageradamente lindo. Esse homem de 1,83.

— Bom dia. — diz ele vindo em minha direção. — Como se sente depois de ter bebido todas?

Odeio que zombem de mim, com ele não é diferente.

— Caso não saiba, eu sou muito resistente ao álcool. — falo me erguendo rápido demais e vendo minha pressão cair.

Tarkan me segura pelo braço, impedindo a minha queda.

— Estou vendo. — fala em um tom divertido.

Me solto dele, pois quero evitar qualquer contato, o mínimo que seja. As coisas precisam ser esclarecidas.

Caminho para o outro lado sentindo que não me livrei de todo o álcool ainda.

Entro no banheiro e coloco a banheira para encher, um banho vai resolver isso tudo.

Preciso dizer a Tarkan sobre ontem, para que ele não pense coisas sem sentido. Eu não vou deixar esse homem fazer morada em mim de jeito nenhum.

Volto para a porta e dou de cara com Tarkan.

Engulo um seco sentindo seu corpo encaixar no meu. Sinto meu coração batendo rápido de novo, perdi as contas se foi pela segunda vez hoje ou terceira.

Encaro seu rosto tentando não parecer tão louca com essa proximidade.

— Está perto demais, Tarkan. — falo e vejo seus olhos repousados em meus lábios.

— Tao perto que poderia beija-la. — fala de volta e seus olhos dessa vez alcançam os meus. — Mas não é sobre isso que quer falar, ou é?

Tarkan lambe os lábios me fazendo olha-los, paralisada. Lábios rosados que eu ficaria satisfeita em senti-los. O que?

Fecho meus olhos e viro a cabeça para fugir do seu contato.

— Não. — respondo tomando um pouco de ar. — Sobre a noite passada...

Ele se afasta um pouco me dando um pouco de tempo para me recompor.

— Não aconteceu nada, embora você estivesse louca para sentar em mim. — meu rosto se queima e tenho certeza de que estou corando. Ele sorri divertidamente, brincando comigo. — Não se preocupe. — ele tira a camisa e luto muito para não deixar os olhos cair nela. — Sabia que o álcool aumenta a libido?

Franzo o cenho confusa.

— E dai?

— E dai. — ele pensa. — Que ele é um afrodisíaco natural sexual. Ou seja, metade você me queria e a outra metade era o álcool e eu não quero isso. — ele passa a língua nos lábios, esse movimento me provoca bastante. — Eu te quero por completa, mocinha. Quando quiser, podemos voltar a tocar nesse assunto.

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