Capítulo 27

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CAPITULO 27

Entre a raiz e a flor há o tempo. Jorge de Lima

A manhã chegou voando, como se tivesse pressa para alguma coisa. Encontro-me sentada a mesa de café da manhã, encarando todas as mesas vazias. Tarkan precisou sair cedo por causa do trabalho e a minha mente está uma bagunça. Beatrice não me pareceu alguém que joga para perder, embora tenha um rosto angelical, ela possui olhos profundos de quem pode acabar com qualquer coisa.

Bom, eu tive algumas horas para respirar fundo e decidir que mulher nenhuma vai me intimidar, não mesmo.

— Posso tirar a mesa senhora? — Monroe pergunta quando me coloco de pé.

— Claro. Eu vou visitar a minha tia.

— Sim senhora. Lucian está ai para atendê-la.

Consinto saindo pelo corredor. Assim que faço a curva para a saída, Leona vem de encontro a minha com os olhos mais cheios de ódio que eu já vi.

— Sua vagabunda! — ela revira a mão no meu rosto, fazendo com que meu pescoço vire com a força do tapa.

Mordo os lábios me voltando a encarar ela, sentindo meu rosto pegar fogo pelo peso de suas mãos.

— Por que é que, toda vez que alguém precisa bater em outro alguém a pessoa tem que chamar a outra de vagabunda? — indago, passando o dedo indicador no canto do lábio onde sinto um corte. — Isso me deixa chateada, por que eu não sou uma vagabunda.

Leona se aproxima de mim e segura meu braço.

— O que você acha que fez com meu filho? Acha mesmo que arreganhando as pernas para ele, irá prendê-lo em sua vida? Tarkan é um homem muito esperto, ele jamais iria colocar tudo em risco.

Livro-me do toque de Leona já cansada dela.

Também a encaro sem medo algum.

— Eu já estou cansada de você e das suas ameaças. — digo em um tom ameaçador. — O seu filho já é bem grande para você querer fazer tudo por ele e você pode, isso é um problema seu. Mas, não venha bater n minha cara e me ofender, pois eu não vou suportar isso.

Ela sorri, debochando.

— Já está colocando as mangas para fora? Era de se esperar que alguém de um baixo nível como você fosse fazer isso um dia. — ela continua sorrindo. — Não pense que vou me intimidar. O seu casamento com meu filho vai acabar e espero que esteja forte, pois Bia não vai deixar Tarkan em paz.

Você devia matar essa bruxa, mata ela! É só empurrar ela e ela morrera sozinha.

— Aviso então que, eu não vou a lugar algum. Essa é a minha casa e o meu casamento. Avise a sua Bia que se ela ousar tocar no meu marido, eu vou destruir a beleza dela. — quase encosto meu rosto ao dela. — E você, fique longe de mim.

Esbarro no ombro dela quando estou saindo e vou embora sem me dar ao trabalho de olhar.

Confesso que sinto tudo em mim em alerta. Eu não sabia que as coisas pudessem ficar tão complicadas. Bom, essas são algumas consequências de eu ter escolhido destruir lençóis com Tarkan ao invés de mata-lo. Agora, estou em uma verdadeira teia de aranha e preciso lidar com isso.

Chego à casa de titia e sou recebida com muito carinho por ela. Ela me faz contar tudo sobre meu casamento e como anda as coisas.

Obvio que eu não conto sobre a chegada da mulher e nem que Leona anda me perseguindo como uma louca. Apenas digo que estou bem e que estou feliz. Também, titia observa meu rosto e diz que está brilhando que pareço realizada desde a última vez que me viu, se ela soubesse o tamanho da minha realização ela surtaria.

Fale agora ou cale-se para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora