Capítulo 5

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CAPITULO cinco

Desço a escada e já observo em baixo Tarkan de costas desprevenido, olhando no relógio.

É uma boa hora para mata-lo. Grita minha mente.

Ele está desprevenido. Melhor não, todos vão saber que fui eu quem o matou se eu cometer um deslize.

— Ai está você. — ele se vira me olhando da cabeça aos pés. — Muito bonita para quem acabou de acordar.

— Nem tente Tarkan. — o ignoro. — Aonde vamos?

— A empresa. — ele me dá espaço. — Primeiro as damas.

Passo por ele sem me dar ao trabalho de olhar e ver que seus olhos estão no meu decote em V no vestido justo preto que estou usando.

Pelo caminho o silencio se arrastou, também não tenho nada para dizer a ele e tenho certeza de que ele também não.

Não demora para que o carro pare no pátio do grande prédio de vidro escuros e alto.

O letreiro exibe o nome Life decoração.

— Chegamos. — avisa como se não fosse notável.

— Devo ficar feliz com isso?

— Seu humor ácido faz meu dia ganho querida. Obrigada por me proporcionar tal felicidade.

— Uma pena, meu objetivo jamais foi esse Tarkan Montenegro. — digo irônica saindo do carro.

Entramos na empresa e não me surpreende que esse lugar seja enorme e bem arrumado. Já logo na entrada dois seguranças, depois uma jovem secretaria que sorri humildemente nos dando boas vindas.

Caminhamos pelo corredor de piso escorregadio e paro em frente ao elevador e nesse momento vejo Tarkan se afastar indo rumo às escadas.

— O que está fazendo? — pergunto.

Ele se vira para mim.

— Você pode ir de elevador, eu vou de escada.

— Como quiser.

O vejo sumir na curva e fico intrigada. Que tipo de pessoa usa uma escada enorme para o terceiro andar sendo que o elevador é bem mais simples?

Não me preocupo, ele não precisa da minha pena.

O elevador chega e entro subindo para o terceiro andar, não demora e ele se abre.

Mais corredores! Ótimo.

— Senhora Montenegro? — uma mulher alta de roupa cinza surge na minha frente. Ela é muito bonita embora tenha exagerado na maquiagem.

— Ayra, meu nome é Ayra Marques.

Ela desfaz o sorriso de antes.

— Claro. Pode me seguir, por favor?

A sigo para dentro de uma enorme sala toda trabalhada no vidro, mostrando os outros prédios enormes. A mesa grande e escura com muitas cadeiras, poltrona e sofás. Um como afastado que deve ser um banheiro e uma cozinha.

A mulher de antes sai e vou ate a enorme parede de vidro observar a bela vista que de onde estou faz tudo lá em baixo parecer ridicularmente pequeno.

Não posso negar que isso é lindo, bem mais bonito que a vista da empresa da minha família.

— O que achou? — me viro para ver Tarkan.

Ele já chega tirando o paletó e posso imaginar que as escadas foram cansativas.

Fale agora ou cale-se para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora