CAPITULO OITO
Fernando Pessoa citou uma vez que;
Se o coração pudesse pensar ele pararia. E eu dou uma razão imensa para isso.
Estou sentada na frente do espelho terminando de colocar os brincos delicados na orelha enquanto minha mente trabalha muito, gritando em alto e bom som mesmo que o silencio seja ensurdecedor dentro do quarto. Desde as palavras da doutora eu venho lutando contra muitas coisas.
Levanto-me e tento puxar o zíper do vestido longo e branco que estou usando nessa noite de sábado. Infelizmente minhas mãos são curtas para esse trabalho, o que dificulta para mim.
Não quero ter que trocar o vestido, ficou tão lindo.
— Você está pronta? — as palavras de Tarkan vão perdendo força e altura assim que ele entra no quarto por completo.
— Você poderia bater. — falo e vejo seus olhos presos em mim, cheios de chamas. — Não estou pronta ainda, tenho dificuldade com o zíper.
Ele pigarreia voltando ao seu estado normal.
— Se me permite. — oferece e não vejo outra forma.
Consinto e vejo-o tirar as mãos do bolso da calça e se colocar atrás de mim.
Seus lábios estão tão pertos do meu pescoço que sinto sua respiração quente e de bom hálito percorrer minha nuca, fazendo com que arrepios tomem meu corpo todo.
Seus dedos tocam de leve minhas costas enquanto o zíper sobe deslizando pela superfície e esse pequeno toque me causa mais arrepios. Pelo espelho posso ver os olhos de Tarkan presos no reflexo do meu, olhos profundos, penetrantes que me causam uma quentura estranha.
Ele devolve meu cabelo no lugar e ainda me olha. Posso sentir seu corpo roçar no meu perfeitamente e por um segundo quase me perco.
Volte a si! O que pretende com esses olhares?
— Obrigada. — falo me afastando e o clima se quebra.
Ainda bem, pois não estou pensando bem nisso tudo.
— Isso é para você. — volto a olhar para ele e vejo que ele tem uma caixa de celular na mão.
— Quais são suas intenções com isso? — indago.
— As melhores eu garanto, mas como eu sei o que dirá então digamos que você pode me pagar depois.
É um pouco humilhante. Eu tenho bastante dinheiro para comprar um celular, inclusive fazer compras. Eu poderia fazer isso sozinha, mas acabou por ser mis uma coisa esquecida. Vê-lo me dando isso me faz sentir um tanto constrangida.
— Eu mesma posso comprar.
Não termino totalmente a frase e ele segura a minha mão colocando nela a caixa.
— Não seja teimosa, senhora fúria, digo Ayra.
Faço uma careta.
— Sendo assim, pago depois.
— Eu sei. — ele olha no relógio luxuoso. — Devemos ir, não podemos chegar atrasados.
Sem dizer nada o sigo para fora do quarto.
[...]
O grande salão de festas está lotado por grandes executivos e suas esposas chiques. Existem pessoas de alto nome nesse lugar, tive tempo de estudar sobre eles. Alguns são grandes arquitetos de nome, fundadores, prefeitos e outros.
Como uma boa esposa, sigo segurando o braço de Tarkan em cada lugar que ele vai, tratando de sorrir para todos.
Sempre odiei o fato de essas festas grandes terem que acontecer, eu nunca me imaginei em um lugar assim até me casar com esse homem.
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Fale agora ou cale-se para sempre
RomanceNÃO REVISADO - CONTÉM ERROS. Ganhador na categoria; Melhor Hot do concurso Deuses Literários ✨🥇 Primeiro lugar no concurso Em busca de best Sellers na categoria New Adult 🥇✨ Ayra foi obrigada a viver a sua adolescência sendo treinada para ser a es...