CAPITULO NOVE
"É preciso ter asas, quando se ama o abismo." Friedrich Nietzsche.
Abro os meus olhos depois de um segundo mantendo os mesmos fechados. O rosto de Tarkan está tão perto do meu que por um fio nossos lábios não se encontram.
Afasto-me sem condições de continuar.
O olhar de Tarkan é exatamente o oposto do que eu esperava. Ele está de cenho franzido e muito confuso, talvez ele também tenha percebido que quase cometemos um erro.
O problema dos erros é que nem sempre você pode conserta-los, possivelmente se tentar pode tudo piorar.
— É melhor irmos. — ele fala me dando as costas e saindo.
É melhor assim, não posso deixar que nada atrapalhe meus planos. Eu só tenho um motivo para isso que é sair da vida dessa família e viver a minha. Por um segundo eu me perdi, mas não vai mais acontecer.
Tudo ocorreu bem, voltamos para casa e Tarkan não disse uma palavra sequer. É melhor assim mesmo.
Entro no quarto e tiro tudo que levei comigo nessa noite. Estou tão cansada que parece que fiz muito esforço.
Visto a camisola e me sento no sofá do quarto e pego o celular. Nos contatos tem todos os números que devo ter e é bem estranho não ter uma amiga para fofocar. Nessa parte que eu sinto ódio de Tarkan e só de pensar que quase o beijei.
Bufo só de imaginar.
Essa noite já deu o que tinha para dar.
[...]
Desço a escada ainda sonolenta e Monroe já me dá um sorriso.
— Bom dia senhora.
— Bom dia Monroe. — caminho para a cozinha e me sento para o café.
— Parabéns pela união das empresas ontem. — fala ela animada. — Isso significa que agora a senhora faz parte de tudo, não só da família.
Paro a mastigação na hora. Eu preciso mesmo ouvir isso de manha?
— Monroe querida, por favor, não me lembre desse ato desagradável pela manhã. Eu não quero ter uma indigestão.
— Monroe? — Tarkan se senta a mesa me fazendo lembrar que infelizmente os finais de semana terei que ver ele nessa casa.
— Sim senhor?
— Prepare bastante sal de frutas. — ele me olha desafiador. — Minha esposa vai precisar.
Eu devia mata-lo, sim eu devo.
Sorrio falsamente.
— Monroe? — continuo olhando para ele.
— Ah, sim senhora Ayra?
— Prepare alguns venenos para ratos. Eles têm me incomodado bastante desde os meus 14 anos.
Ele sorri de lado.
— Pelo que vejo, não teve uma noite agradável. — comenta.
— Eu senhor? — a pobre Monroe está perdida.
— Eu poderia ter dormido bem se você não existisse debaixo do mesmo teto que eu. — bufo.
— Sinto muito que não possa dormir tranquilamente por muito, muito tempo. Infelizmente eu sou casado com você, caso não se lembre.
Bufo internamente. Como uma pessoa pode ser tão insuportável assim? Mas, eu sei como devo coloca-lo no lugar dele.
Saio da mesa sem terminar meu café.
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Fale agora ou cale-se para sempre
RomanceNÃO REVISADO - CONTÉM ERROS. Ganhador na categoria; Melhor Hot do concurso Deuses Literários ✨🥇 Primeiro lugar no concurso Em busca de best Sellers na categoria New Adult 🥇✨ Ayra foi obrigada a viver a sua adolescência sendo treinada para ser a es...