CAPITULO VINTE
O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente. Mario Quintana.
Segundos depois de sentir algo macio tocar em meus lábios, como se fosse um beijo, abro rapidamente meus olhos, despertando-me de meu sono.
Olho em volta e percebo estou no quarto, deitada na cama, completamente nua e sozinha por baixo dos lençóis de seda cinza. Pela grande janela posso ver que já está amanhecendo e sem pedir licença, a luz do sol começa a invadir meu quarto.
— O que eu fiz... — murmuro para mim mesma, cobrindo meu rosto com as mãos.
Consigo sentir até agora cada toque de Tarkan e se eu fechar os olhos é como se ele ainda estivesse fazendo tudo que fez, mais uma vez. Não posso negar a mim mesma que ontem foi a melhor noite da minha vida e se eu me arrependo por isso? De maneira nenhuma. Pela primeira eu segui meu coração, os verdadeiros sentimentos. Mas, e agora? Como as coisas vão ficar?
Pego o lençol cinza que cobre o meu corpo e segurando-o enrolo em meu corpo nu e levanto da cama passeando no quarto. Encaro meu reflexo no espelho do quarto e vejo o que Tarkan fez comigo na noite passada. Meus lábios estão vermelhos, meu cabelo uma verdadeira catástrofe e a minha respiração ainda não achou o caminho certo. Meus olhos possuem um brilho diferente dessa vez. Viro-me um pouco e posso ver as marcas de arranhões e mordidas em minhas costas. Só de vê-las a lembrança já vem na minha mente, me arrepiando toda.
Escuto passos pelo corredor e rapidamente volto para a cama. Assim que me sento, a porta se abre e vejo Tarkan entrar com uma bandeja nas mãos.
Assim que olha em minha direção ele abre um sorriso sexy. Como sempre, todas as manhas, ele está usando uma calça moletom e seus cabelos estão completamente molhados. Ao ver ele assim, outra coisa está molhada também.
Como ele pode estar tão lindo e eu destruída dessa forma?
— Bom dia. — sua voz grossa me causa um frio na barriga, que quase sou incapaz de respirar. E de pensar que na noite passada ele gemeu em meu ouvido com ela.
Ele se aproxima da cama e se senta, colocando a bandeja ao meu lado. Eu só consigo encara-lo, sem nada dizer. Pela primeira vez, durante todo o processo da minha vida eu não sei como agir.
— Bom, aqui tem café preto que eu sei que você ama e suco. Também coloquei umas frutas. — ele começa a apontar as coisas e tudo que consigo fazer é me perder no movimentar de seus lindos lábios. E de pensar que eles percorreram cada parte do meu corpo. — tem queijo, torrada e iogurte. — ele me encara e sorri novamente. — E tem isso aqui também. — ele coloca na frente do meu rosto uma bela rosa vermelha, a clichê e famosa rosa vermelha.
Não tem como não sorrir.
— Obrigada. — digo pegando a rosa de sua mão e apreciando a delicadeza das pétalas.
— Café? — oferece enquanto me estende uma das xicaras.
— Claro. — aceito a xicara e bebo um gole, me deliciando com o café preto e puro.
Ele se levanta e vai até a janela, se apoiando na mesma e observa o jardim. Um dos privilégios desse quarto ou devo dizer da casa toda? Acordar com essas vistas não é nada menos que magnifico.
— Obrigado. — me ajeito na cama arrumando o lençol contra o meu corpo. A luz do sol bate no peitoral nu de Tarkan, deixando sua pele dourada.
— Eu que agradeço Ayra. — fala ele, ainda sem tirar os olhos do jardim.
— Pelo que? — pergunto, enquanto deposito a xicara de volta na bandeja e também a rosa que ele me deu.
Finamente ele me olha e me sonda por longos segundos, antes de me responder.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fale agora ou cale-se para sempre
RomanceNÃO REVISADO - CONTÉM ERROS. Ganhador na categoria; Melhor Hot do concurso Deuses Literários ✨🥇 Primeiro lugar no concurso Em busca de best Sellers na categoria New Adult 🥇✨ Ayra foi obrigada a viver a sua adolescência sendo treinada para ser a es...