Capítulo 13

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CAPITULO TREZE

"As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem de piores formas mais tarde." Sigmund Freud.

Dentro de mim um furacão de coisas inexplicáveis se forma. Sinto cada parte do meu interior se destruir, sem ao menos eu entender o porquê. Um misto de êxito e infortúnio, juntos como se fossem bolhas coloridas de sabão na piscina de crianças que, pulam e pulam.

Levanto-me ignorando a mão estendida para mim e em passos rápidos começo a caminhar.

— Ayra? — a voz masculina e sedutora vem atrás de mim. — Ayra, por favor. — o meu nome na boca dele soa tão lindo que sinto raiva.

— O que é? — me viro já cheia de raiva. Ele para na minha frente com os olhos perdidos. — O que é que você quer de mim?

Nem eu sei porque tenho uma vontade enorme de estar zangada com ele. 

Dizem que quanto mais tempo próximo a uma pessoa, mas você se apega. 

— Eu vim te buscar. Cometi algum erro?

— É você cometeu, alias você sempre está cometendo erros sempre causando coisas nas pessoas. O que está fazendo aqui afinal? Por que não ficou onde estava e me deixou em paz? Depois de sumir por dias isso é tudo que você tem?

Ele franze o cenho e em seguida arqueia a sobrancelha.

— Você está... Está brava comigo por que eu sumi?

Ah, agora eu quero ver. É isso mesmo Ayra? Esta brava porque ele sumiu?

Claro que não! Você acha mesmo que eu vou me sentir incomodada com o fato de você não ter atendido minha ligação e ter desaparecido por três dias? — ele consente. Solto uma risada sem humor. — É o seu sonho não é? Mas, deixa eu te dizer uma coisa Tarkan, esses dias que você não esteve por perto foram os melhores dias para mim.

— Tudo bem. — ele da de ombros. — Mas eu ainda preciso te levar para casa.

— Acontece que eu não vou a lugar nenhum com você. — falo nervosa. — Eu quero que você me deixe!

— De novo isso?

— Eu vou repetir mil vezes se for necessário! Eu quero o divorcio. — falo fazendo pausas.

Ele não esboça nenhuma reação de raiva ou preocupação e isso me deixa nervosa.

— Eu ainda vou ter que te levar para casa. — sorri com todos os músculos do rosto.

— Nem morta que você me tira daqui!

Titia continua acenando até que o carro desapareça da vista dela.

Estou com um bico formado maior que de um pato e tremendo de raiva.

O carro toma distancia e então o encaro.

— Eu só estou indo pelo meu pai e acho bom você não colocar o nome dele no meio disso outra vez, senão...

— Essa é a única arma que tenho, já que você não é uma pessoa tão aberta para mim. — ele me olha de um jeito travesso. — Se você se abrisse para mim as coisas poderiam ser  mais fáceis.

Eu acho que tem um duplo sentido nisso ai. O que me diz?

— Você vai continuar tentando e vai falir em entrar em mim. — provoco. — Você terá que nascer de novo.

Ele sorri.

— Eu sou um homem que não desiste fácil. Uma hora eu entro em você e você vai implorar para eu não sair.

Fale agora ou cale-se para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora