Capítulo 18

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CAPITULO DEZOITO

Na confusão dos meus sentimentos, eu vou fingindo que não tenho certeza de uma coisa... O quanto te quero. Laís Lemos.

Leona resolve ficar para o almoço, obviamente. Ele jamais vai perder a oportunidade de me alfinetar. Existem tantas coisas na minha cabeça que ela não me interessa nem um pouco.

Desvio o olhar do meu prato para Tarkan e o pego já me olhando. O que estará pensando? Vejo-me curiosa quanto a isso e muito.

— Você está bem querido? — Leona corta nosso olhar. — Você não tocou na comida.

— Estou sem fome mãe. — ele bebe um pouco da água.

— Entendo. — ela deixa de olhar para ele e olha para mim. Me erra bruxa. — E você? Perdeu a fome também?

— Não. — forço um sorriso. — Por que eu faria isso?

— Talvez esteja se sentindo ameaçada. — ela me provoca.

Tenho vontade de me atirar contra o pescoço dela e esmaga-la.

— Eu não me sinto assim, sei muito bem do valor que tenho.

Mentirosa. Esta ameaçada sim.

— Do que estão falando? — Tarkan pergunta, mas não olha para mim e sim para a mãe.

— Nada querido, apenas... — ela me encara. — Apenas coisas de mulheres.

Levanto-me da mesa sem condições de continuar. Quer dizer, eu não posso nem mesmo me defender enquanto estou agindo assim.

— Com licença.

Saio da mesa sem olhar para canto algum.

Apressada eu acabo me esbarrando em Monroe que estava vindo de algum lugar com um vaso de flores que se estilhaça no chão.

— Merda. — resmungo me abaixando. — Me desculpa.

— Não mexa nisso senhora, não se preocupe eu cuido disso.

Enquanto ela se afasta em busca da vassoura eu permaneço no chão, envolvida por uma sensação estranha como se meu peito fosse esmagado por pequenas palavras.

Eu não gosto de não estar no comando.

Monroe limpa tudo e me desculpo de novo.

— Desculpa Monroe.

Ela sacode a cabeça em negativo.

— Não se preocupe. — ela me sonda um pouco preocupada. — A senhora está bem?

Não.

Estou bem, apenas... — respiro fundo. — Você sabe, Leona não da trégua.

Monroe sorri discretamente.

— Noras e sogras nunca se dão tão bem, não é? A senhora Leona é uma boa pessoa, ela às vezes só teme pelo filho, como qualquer mãe.

Monroe sempre foi calada e parece saber bem mais de tudo que ocorre nas paredes dessa casa. Acho que o que me deixa mais frustrada é o fato de eu não saber de nada.

— Monroe? — ela me olha atenta. — Você já... Já ouviu falar do grande amor de Tarkan?

— A senhorita Beatrice? — ela solta gentilmente, com um carinho que me faz sentir ciúmes. — Claro, ela é uma grande mulher. — Ela me olha retraída como se tivesse cometido um pecado e de fato, isso me incomodou. — Perdão senhora, acho que me empolguei.

Fale agora ou cale-se para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora