Capítulo 28

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CAPITULO 28

Eu faria qualquer coisa por você, em qualquer hora. E de todas as coisas que eu já fiz, eu acho que te amo melhor agora. Ed Sheeran

Por todo o caminho ate a empresa vamos ao silencio. Não ouso interferir os pensamentos de Tarkan e me preocupo com os meus. Leona é capaz de tudo para me ver longe do filho? Não posso imaginar quantas loucuras a mais ela vai cometer e também, qual o problema comigo? Eu também sou rica e a empresa também é minha. O que diabos aquela Beatrice tem que eu não tenho?

Interrompo meus pensamentos quando paramos frente à empresa. Sigo Tarkan que parece estar cego, não respondendo os bons dias que dão pelo caminho. Ele sobe a escada com tanta pressa que quase não consigo acompanhar os seus passos. Mesmo assim eu vou calada, não sei o que se passa na cabeça dele e nunca o vi tão furioso assim a não ser quando chorou em meus braços, mas naquele dia ele gritou e hoje ele não diz uma palavra.

Acabam as escadas e quase não consigo respirar de tanta falta de ar.

Seguimos no corredor claro e na porta fechada da sala de reuniões, Tarkan não bate, seria ridículo também se batesse. Ele bate a mão na porta que arregaça toda e em segundos sete olhos arregalados nos olham.

Leona está sentada, junto de Beatrice e ambas não parecem se importam com a carranca de Tarkan.

— Saia todo mundo daqui. — a voz dele sai baixa, mas com tanta força que tenho medo da tranquilidade dele.

Todos olham para Leona, como se esperassem a aprovação dela.

— Ainda estamos em reunião Tarkan. — diz ela. — Você pode se juntar a nós ou esperar lá fora.

O que? Ela disse isso mesmo?

Vejo o ombro de Tarkan subir e descer com uma respiração profunda.

— Eu mandei todo mundo SAIR! — exaspera na ultima frase e dou um pulo.

Os homens saem sem nada dizer e a sala fica somente com nós quatro.

Tarkan caminha até perto da grande mesa branca e com as duas mãos bate na mesma, causando um estrondo imenso que faz com que dessa vez, nós três saltemos.

— O que diabos você está fazendo? — indaga redirecionada a mãe. — Que bagunça é essa na minha empresa?

— Na minha empresa. — ela responde fria, sem temer o filho. — Esse lugar é meu e as ações que eu acabei de passar eram minhas.

— Eram suas sim, mas não se esqueça de que eu também sou dono desse lugar. Que merda você está tentando fazer? — ele olha para Beatrice. — Por que você aceitou isso?

Ela não responde, fica desconfortável e tenho vontade de avançar nela ao ver o jeito que ela olha para ele.

— Beatrice irá trabalhar com você agora, se quiser discutir alguma coisa então discuta comigo. — ela me olha com desdém. — Longe dessa garota.

— Essa garota é a minha esposa e a empresa também é dela, caso não se lembre. — responde ele. — Eu vou dizer isso só uma vez e espero que entendam. Isso não me fará largar o meu casamento e eu estou saindo daqui e vou procurar alguém para vender as minhas ações também.

Leona fica assustada, é notável.

— Você não faria isso. Esse lugar era dele, do seu irmão e do seu pai e você não faria isso com...

— PARA DE FALAR EM ASLAN! — bate na mesa. — Eu já estou cansado de você usar ele como uma arma para me atingir. Sabe de uma coisa, eu agradeço por ele ter ido embora, assim ele não teria que ver o que a mãe dele virou. — o clima não é bom e as palavras de Tarkan magoam todos, ate mesma eu sinto um aperto. Ele se inclina um pouco para frente na mesa. — Essa empresa é minha. Ou você pega as ações de volta ou vai perder o seu filho.

Fale agora ou cale-se para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora