CAPITULO 21
Você é tudo que a sensualidade luta para ser, mas fica longe de conseguir. W. Valentim
O dia surgiu lindo e agora parece mais triste que uma sala de velório. Estou sentada ao lado de Tarkan ainda na sala. Enquanto meus olhos estão presos nele, buscando que ele ao menos respire fundo ou grite, encontro apenas os seus olhos marrons presos no chão e ele não move um musculo. Gostaria de ser invasiva só agora e descobrir o que Aslan era para ele, mas acabo ficando com medo de tocar no assunto e machuca-lo um pouco mais.
O que será que está passando na cabeça dele?
— Eu estou bem. — fala ele, na certa notando que estou secando-o com os olhos. Finalmente ele me olha e ver seus olhos tão profundos emanando uma dor tão grande me faz quase morrer. — Desculpa por fazer uma cena. — ele volta a olhar o chão. — Você não tem nada a ver com isso.
— Eu posso ter. — repouso minhas mãos tremulas no ombro dele. — Tudo bem que pode ser estranho a minha atitude, mas eu realmente quero entender e ajudar você. — encontro os olhos dele, os nossos juntos possuem uma conexão que jamais poderei descrever. — É a sua vez de me deixar entrar, Tarkan.
— Ayra eu... — ele hesita. — Eu não quero falar sobre isso. — ele se levanta e da às costas para mim.
Fico de pé também, não aceitando.
— Por que você foge?
Ele respira fundo antes de responder.
— Suicídio não é uma morte fácil de contar. Eu não me conformo com algumas coisas.
Fico estática em meu lugar. Então o irmão de Tarkan se suicidou? Por quê?
— E porque ele fez isso?
Tarkan se aproxima de mim e afasta alguns fios de meu cabelo que estão caídos em meu rosto.
— Pode esquecer isso, por mim? — indaga como misericórdia. Descobri que sou um completo fracasso em dizer não para Tarkan Montenegro. Apenas consinto e então Tarkan me beija, mantendo uma das mãos em meu rosto e a outra segurando firme minha cintura.
Sinto meu rosto queimar e uma vontade louca de me jogar ao chão com esse homem, mas mantenho minha postura, talvez essa não seja uma boa hora.
Enquanto nos beijamos, a porta é aberta.
— Senhor eu...
Interrompo abruptamente o beijo e olho para Lucian parado na porta.
— Não sabe bater na porta? — Tarkan o repreende, enquanto eu finjo observar algo na parede oposta.
— Desculpe senhor Montenegro, mas surgiu algo e o senhor precisa ir resolver.
— O que surgiu? — Tarkan ainda segura a minha cintura e discretamente me afasto de seu toque.
— Talvez o senhor deva ir. — Lucian fala como se a minha presença fosse um incomodo.
Tarkan suspira, balançando a cabeça em negativo.
— Tudo bem, prepare o carro que eu já vou descer. — informa e se vira para mim, pegando meu rosto e selando nossos lábios brevemente. — Não vou demorar. — sussurra antes de sair da sala.
Fecho os meus olhos brevemente, lembrando-me de como o meu corpo reage ao toque dele e de como não consigo me reconhecer ao seu lado. Foi só uma noite eu sempre fui apaixonada por Tarkan?
[...]
Depois do almoço eu acabei ficando entediada. Na verdade é como se eu precisasse de Tarkan aqui, pois me sinto sozinha nessa hora.
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Fale agora ou cale-se para sempre
RomanceNÃO REVISADO - CONTÉM ERROS. Ganhador na categoria; Melhor Hot do concurso Deuses Literários ✨🥇 Primeiro lugar no concurso Em busca de best Sellers na categoria New Adult 🥇✨ Ayra foi obrigada a viver a sua adolescência sendo treinada para ser a es...