Ninguém está livre do passado quando este se resume a um filme de terror.
Um ano se passou desde que terríveis assassinatos abalaram a cidade de Oakfield pela segunda vez. Juntos, os sobreviventes tentavam recuperar a sanidade na Universidade de Wi...
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O segundo carro tinha ficado para trás. Impossível dizer se por vontade própria, ou se Asher tinha acelerado demais. A verdade é que voltaram a se tranquilizar. Por um minuto, foram capazes de respirar aliviados e deixar de se preocupar tanto. O silêncio tornou a preencher o interior do veículo, sendo quebrado apenas pela baixa música vinda do rádio. A luz surgia apenas do celular na mão de Linda, e no banco de trás, onde Britt também mexia num aparelho. Tirando isso, restava somente os faróis clareando o asfalto.
Temendo começar outro assunto capaz de desencadear uma nova discussão, a sobrevivente se sustentava em conferir a cada segundo, se tinha conseguido algum sinal. Mas nenhum êxito era encontrado e continuavam isolados de qualquer comunicação.
Suspirando, Linda pensou em ver se, com sorte, havia recebido alguma mensagem de Emily ou qualquer outra pessoa em Winchester. Virou um pouco lado, tateando o bolso traseiro da calça, afinal, o celular que tinha em mãos pertencia a Asher. Ele havia oferecido assim que saíram da universidade, dando a ideia de ficar de olho no sinal enquanto estivessem na estrada.
No entanto, ao tocar o bolso, Linda não encontrou nada. Franziu o cenho, mudando de posição e buscando no outro bolso. Asher logo notou a movimentação incessante.
— O que foi? — perguntou ele.
— Não estou achando o meu celular — explicou Linda.
— Não está na sua bolsa?
— Eu não trouxe bolsa.
Reparando naquilo, o jovem ficou quieto.
— Você estava mexendo nele no quarto da Amber — comentou Britt, logo atrás.
— Sim, estava, mas... — Balançou a cabeça, desistindo de procurar. — Não está mais comigo. Pode ver se caiu embaixo do banco, por favor?
Concordando, a jornalista se abaixou e tentou não forçar muito os braços ao tatear o carpete do carro. Seus dedos encontraram apenas o vazio e um pouco de poeira.
— Não tem nada aqui — disse ela. — Não está com você mesmo?
— Não, não está! — exaltou-se Linda, perdendo um pouco da paciência.
Conferiu os outros bolsos, as dobras do banco, mas não encontrava o aparelho em lugar nenhum. Ao final, bufou, voltando a se encostar no encosto de couro.
— Merda! — esbravejou Linda.
— Você deve ter esquecido no quarto da Amber — opinou Asher.
— Não, eu me lembro de ter saído com ele! Estava no meu bolso!
— Então caiu em algum lugar. Mas não temos como voltar.
Respirando fundo com a frustração, Linda meneou a cabeça.
