Ninguém está livre do passado quando este se resume a um filme de terror.
Um ano se passou desde que terríveis assassinatos abalaram a cidade de Oakfield pela segunda vez. Juntos, os sobreviventes tentavam recuperar a sanidade na Universidade de Wi...
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Os policiais colocados diante da porta aberta da sala de aula foi o motivo de Frank ter o coração vindo na garganta. Com imensa ansiedade, o professor apressou o passo ao cruzar caminho com o primeiro homem uniformizado, pensando se tratar apenas de uma verificação de rotina, mas a situação demonstrou maior seriedade quando notou que não havia somente um oficial no prédio, mas sim, dezenas deles.
Com a ajuda de semblantes sérios e corpos rígidos, os policiais faziam com que a horda de estudantes não atravessasse a barreira corporal criada por eles mesmos do outro lado da porta e, assim, acabassem por não ser capazes de entrar na sala de aula. Frank já levava consigo aquele cenho franzido e a boca meio aberta no medo do que poderia encontrar. O que havia dentro daquela sala e que era motivo para eles impedirem a entrada com tanta intensidade? Qual o motivo de terem sido chamados? Por que os jovens e professores ao redor pareciam tão assustados?
Sem se importar muito em perguntar sobre o ocorrido para alguém próximo, Frank seguiu caminho com seus passos agitados, afastando os corpos alheios com bastante delicadeza na tentativa de não causar reações inesperadas nos alunos, que, por sua vez, já mantinham-se assustados demais tanto pela situação, quanto por verem um dos professores mais divertidos da universidade parecendo tão sério quanto naquele momento. Mas Frank não podia pensar em botar um sorriso no rosto agora. Ficar feliz estava fora de opção. Afinal, sabia muito bem que aquela era a sala de aula onde Corinne se encontrava na noite passada, quando conversou com ela.
O sol caía intenso lá fora, como era o começo de todas as manhãs, e as janelas dispostas na lateral do corredor clarearam o bastante o ambiente para que Frank pudesse cessar seus passos antes de acertar a faixa amarela com a barriga, colocada certeiramente na porta de entrada e impedindo a passagem para o lado de dentro. "Afaste-se, essa é uma cena de crime" jazia escrito ali, as palavras que fizeram o coração do rapaz gelar enquanto ele erguia os olhos e olhava para frente, encarando um dos policiais, parado do outro lado.
Observou a multidão ao redor antes de voltar o olhar para o rapaz uniformizado.
— O que... — tentou dizer, mas sem sucesso. O pavor que percorria seu corpo no medo de que algo ruim tivesse acontecido com Corinne o impediu de perguntar o que havia acontecido.
Levado pela intensa vontade de descobrir alguma coisa, o professor optou pela ousadia e agarrou a faixa na altura de seu estômago, puxando-a para cima e tomando caminho ao abaixar o corpo e passar por baixo dela de uma vez só. Trazendo reações adversas nas pessoas ao redor, Frank nem se importou em erguer-se do outro lado sob os olhares surpresos por sua ação, vendo-se imerso naquela realidade completamente diferente de caos e policiais andando de um lado para o outro, enquanto seus olhos vagavam pela sala de aula extensa na procura por algo de ruim.
Mas não obteve tanto êxito em conseguir respostas, pois, imediatamente após passar por baixo da faixa, uma mão grande pousou em seu ombro com grosseria, acompanhada de uma voz que repercutiu em seu ouvido quando um policial surgiu ao lado, barrando sua passagem: