3x49 - The Last Horror Picture Show

66 8 213
                                    

 15 MINUTOS ANTES DA POLÍCIA CHEGAR

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

15 MINUTOS ANTES DA POLÍCIA CHEGAR

Tinha descido dois andares, para sua segurança. Fechou a porta lentamente, abafando os sons do exterior. Ainda podia escutar, no entanto, mesmo sob todas as camadas de chão, o barulho de partes do prédio continuando a desmoronar e janelas estourando. O lado bom, era que Emily estava sozinha, e por isso não podia manter toda a expressão perigosa que usava diante de qualquer vítima. Pois estava nervosa. Qualquer um ficaria. Era o encerramento de uma história que perdurou por anos. A última chance de fazer as coisas darem certo.

Arrastando Linda, teve dificuldade em colocá-la por cima da cama. Era de solteiro, um pouco pequena, tanto que metade dos pés da professora sobraram para fora da beirada. Emily respirou fundo, olhando ao redor. A porta estava entreaberta, por ter sido obrigada a estourar o trinco, desde que todas as portas do andar estavam trancadas, aparentemente. A sola do pé ainda doía por conta do chute.

A sociopata caminhou até a janela, abrindo-a um pouco. Deixou na metade do trilho, sem levar o pedaço de madeira com vidro completamente para cima, querendo apenas que um pouco de ar frio entrasse no quarto abafado de calor. Emily deu-se um momento para observar a noite, tendo uma vista ótima do campus escuro e vazio. Por pouco, não podia ver a rodovia e os postes de luz da cidade, sendo todos intercedidos pelas árvores da floresta ao redor de Winchester. Felizmente, não escutava nada.

Dando-se um minuto para pensar, lembrou-se do caminho trilhado até ali, reparando nos mínimos detalhes para não ser surpreendida por nenhum sobrevivente. Pelo jeito, contudo, todos estavam mesmo mortos. Sean, Mason e Wes haviam sido os últimos. Sean, de bruços e estático; Mason, forrado de perfurações no tórax; e Wes, quem sabe, sendo incinerado pelo fogo ou esmagado por destroços. Emily chegou a sorrir, a presença assassina divertindo-se em seu interior. Havia ganho, afinal de contas.

E de certa forma, não foi preciso muito esforço. Asher, Lola e Britt tinham agido sozinhos por grande parte da noite. O trato foi que nenhuma personalidade tomasse conta de Emily, apenas se estritamente necessário, assim mantendo seu disfarce e álibi. Por isso, havia deixado que a vadia que tanto se autoproclamava sobrevivente corresse, gritasse e tentasse desvendar o mistério. No fim, acabou numa armadilha criada, inconscientemente, por ela mesma. Uma armadilha da qual seria impossível escapar.

Somando-se a isso, também não mais precisava se importar com o destino de seus companheiros. Britt, Asher e Lola haviam morrido sem deixar testemunhas que provassem sua culpabilidade. Quer dizer, não sabia muito bem sobre Britt, afinal, não estava lá e as histórias não tinham sido bem contadas. Odiaria ser surpreendida por uma denúncia anônima ou uma carta escrita por um dos três antes de morrer, revelando tudo o que ocorria por trás das cortinas — e das máscaras — na Universidade de Winchester.

Tentando não se prender ao pessimismo, pensou em como levaria a situação a um definitivo fim. Obviamente, não poderia simplesmente desaparecer. Dessa forma, se colocaria como a única sobrevivente. Lola, Britt e Asher seriam os culpados perfeitos; haviam evidências por todos os lados comprovando a culpabilidade do trio — Lola principalmente, tendo sido mais do que burra em descuidar-se e deixar Carrie tê-la ferido. Um teste de DNA comprovaria que o sangue do assassino encontrado na Mansão Blight era da moça.

Hello There 3Onde histórias criam vida. Descubra agora