3x45 - The Executioner

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 Ela se contentava em observar Emily naquele estado de transe

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Ela se contentava em observar Emily naquele estado de transe. Quase achava que poderia ficar a noite inteira daquele jeito. Mas as horas continuavam passando, e tudo teria que estar terminado até o primeiro raiar de sol. Este era o plano, afinal.

— Não fale coisas das quais você não sabe — disse Emily, com a voz engasgada.

— É você quem não sabe de nada — rebateu Lola.

— Eu não acredito em você...

— Então porque está chorando e tremendo como se estivesse levando choque? — Lola aproximou-se mais um pouco. Com mais cinco passos, estariam cara a cara. — Você acredita. Apenas não quer aceitar. Porque é difícil absorver que você é a vítima, e também o agressor. É uma realidade diferente, certo? Estava tão acostumada a sobreviver...

Emily não sentia muita coisa. Encontrava-se num estado mental além daquele quarto, daquele prédio, de Winchester. Como se navegasse numa onda infinita que a liderava para longe dali. Não conseguia se concentrar. Não conseguia sequer sentir medo. Os olhos vermelhos e aguados demonstravam isso. Quase parecia uma máquina prestes a sofrer pane. De certa forma, acreditava que o próprio cérebro tivesse ficado em tela azul.

— Essa situação toda caiu como um presente em minhas mãos — tornou Lola, a voz melódica sendo a única coisa a ser ouvida no escuro. — Quantos psicopatas descobrem por aí que suas vítimas são, na verdade, a pessoa que mais pode ajudá-los?

— Eu não sou como você! — rugiu Emily, cerrando os dentes.

— Não mesmo. Você é pior. E que mente insana é essa...

— Cala a merda da boca!

— Todos eles se juntaram para acabar com você. Julia, Connor, Sam, Garrett, Molly... Todos eles, Emily. Estão aí, dentro da sua cabeça. E um por vez, eles surgem para matar.

A sobrevivente estalou levemente os olhos, atônita.

— Psicose, transtorno de múltipla personalidade... Chame do que quiser. Eu não sou médica nenhuma, mas sei que você é louca. — Lola riu, com gosto. — Totalmente maluca!

— Não... — resmungou, enquanto balançava a cabeça. Foi quando uma pontada forte surgiu no lobo frontal, fazendo-a retrair-se com dor e tocar a testa.

— Eu não estou inventando nada disso. Você é diagnosticada. Não vê? — Apontou para os papéis nas paredes e as pastas em cima da cama. — O que um pouco de dinheiro não pode fazer, não é? Torna as pessoas em monstros. Um exame completo por alguns trocados fez com que um dos melhores médicos do estado ficasse de boca fechada. Então não se preocupe, sua reputação não está estragada... ainda.

— Qual o ponto? Por que está fazendo isso? — perguntou, com voz desgastada.

— Pergunte a si mesma. Mergulhe no fundo de sua mente. Mas te garanto, a resposta é meio óbvia. O que a personalidade de cinco sociopatas estariam querendo? É mais do que claro, não acha? Eles querem o que você tirou deles: o prazer de continuar matando.

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