3x46 - American Psycho

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 Reviravam os quartos tentando manter o maior silêncio, mas isso tornava-se um tanto impossível perante a pressa insistente

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Reviravam os quartos tentando manter o maior silêncio, mas isso tornava-se um tanto impossível perante a pressa insistente. Separados por uma parede, Linda e Mason testavam a sorte em procurar algum tipo de arma nos dormitórios, contando com a sorte de encontrar alguma porta aberta. Conseguiram destrancar duas delas com uma técnica muito difícil, diga-se de passagem, que Linda havia aprendido a algum tempo atrás após uma longa e curiosa pesquisa na internet, utilizando uma argola de chave da qual Mason tinha posse.

A sobrevivente olhava embaixo de um dos beliches do quarto em que estava, podendo escutar o companheiro do outro lado da parede. Em meio ao silêncio dos corredores e daquele andar do prédio, se coçava na vontade de pedir para que ele fosse mais silencioso, mas sabia que ela mesma estava fazendo a mesma quantidade de barulho, mesmo que inconscientemente. Até então, tinha em mão apenas uma tesoura sem ponta que algum estudante deixou para trás. Odiava-se por ter se livrado da faca de cozinha pega na rádio da universidade, momentos antes. Sequer se lembrava como havia a perdido. Teria sido quando atirou-a em Asher, ou foi depois disso? Impossível dizer. A cabeça estava completamente confusa.

Levantou-se bufando, jogando a tesoura, e voltou para o corredor, encostando a porta. Mason fazia o mesmo a menos de dois metros, encarando-a.

— E aí? — perguntou Linda, ansiosa.

Como resposta, ele levantou o braço, exibindo um acendedor de lareira.

— Isso daria um problemão se a Reitora ainda estivesse viva.

— Obrigada, aluno delinquente. — Linda riu.

Mason sorriu, abaixando o braço. Os dois olharam para os dois lados.

— Não consegui mais nada — disse o rapaz.

— Isso vai ter que servir. Não podemos perder mais tempo.

— Como pretende encontrá-lo?

— Não faço ideia... Começar a chamar por ele não parece uma boa ideia.

Não negando, Mason pensou consigo mesmo. Linda encontrou-se pensativa também. Era arriscado ir atrás de Asher, que mesmo jovem, era mais forte e apto a matar do que os dois. Mason poderia enfrentá-lo num embate corpo a corpo, era mais alto, porém, não tinha as mesmas habilidades do garoto ou a força de vontade. Em contrapartida, Linda já tinha feito aquilo antes e se não renderia a acovardar-se caso precisasse enfiar a haste de metal em sua cabeça — ainda assim, no fundo, a ideia lhe assombrava.

Ninguém além dela sabia como era a sensação de ter sangue nas mãos, talvez apenas Emily. Levou bons meses para superar o que fizera com Molly. E olhe só onde aquilo tinha dado: acabou com outro maníaco em sua cola, querendo fazê-la pagar pelo que causou.

— Quem ainda está vivo? — questionou Mason.

— É difícil dizer... — Linda desviou os olhos, pensando. — Nunca mais vi Bethany, Amber, Hayden, Emily, Wes, Lola ou Sean. Eu duvido que Emily esteja morta. Ela é mais forte que isso. Mas não apostaria tanto em Amber, Hayden, Lola ou Wes. Droga, Wes...

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