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 A segunda-feira amanheceu corrida para toda a cidade

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A segunda-feira amanheceu corrida para toda a cidade. Os carros se agitavam pelas ruas, pessoas andavam apressadas pelas calçadas e a muvuca no interior dos prédios parecia não ter fim. Emily, mesmo depois de todo o ocorrido da noite passada, manteve-se em forma para comparecer à sua consulta ao terapeuta. Revelou a ele todos os detalhes das últimas horas, até mesmo aqueles dos quais não gostaria de se lembrar, tendo Dr. Rami como uma das únicas pessoas com a qual poderia se abrir inteiramente. Linda também se encaixava nesse quesito, e ela também já estava informada de tudo.

Saiu do consultório carregando sua bolsa, um pouco mais aliviada. Tinha alguns cortes superficiais pelos braços e arranhões pela face. Um corte um pouco maior formava-se logo atrás de sua orelha, mas Emily não havia sequer notado-o até chegar no hospital. Mais uma vez, fez com que Bethany e Ben não prestassem quaisquer queixas à polícia e dessem o caso como um assalto a mão armada, do qual os três reagiram. Os médicos não acreditaram totalmente na história, mas não tinham muito o que fazer, afinal, era o relato deles e todos os três concordavam com a versão contada sem delongas.

Emily tinha um pé atrás em ocultar os ataques do assassino da polícia, no entanto. Da última vez, Molly — ou então o grupo todo de maníacos que a perseguiu, formado por ela, Sam e Garrett — ameaçaram incriminá-la para as autoridades caso não comparecesse a rodada final em Everwood Hotel, o hotel abandonado na floresta ao redor de Oakfield, tendo como uma das provas de sua possível culpa nos crimes cometidos, o fato da sobrevivente não ter, uma vez sequer, ter denunciado o Carrasco à polícia.

Por outro lado, tinha mais medo das consequências que poderiam ser aplicadas na atualidade, do que aquelas que ele poderia planejar no futuro — mesmo que incriminá-la por tudo aquilo fosse um bom plano, no ponto de vista de Emily, caso o psicopata quisesse mesmo ver seu sofrimento. Mas não estava em posição para julgar o seu próprio lamento, e de fato eram pensamentos que não queria lhe perturbando no momento.

Cumprimentou a secretária com o pouco de gentileza que restava em si após aquela mórbida consulta, passando pela sala de espera com sua TV ligada transmitindo as últimas notícias do estado. Emily não olhou para o aparelho, temendo dar de cara com novidades sobre o caso do massacre, desviando os olhos para outra direção. E foi quando a viu, sentada numa das cadeiras, lendo distraidamente uma revista. Os cabelos loiros caíam diante do rosto, mas a identificação foi fácil.

— Hayden? — perguntou a sobrevivente, se aproximando.

Recordava-se da garota por Winchester, incluindo do dia que deu a ela um sermão, junto com Amber, por estarem importunando Bethany. No entanto, não via motivos para ela estar ali, desde que nunca sequer havia a encontrado no consultório.

Um pouco assustada pela aproximação de Emily, Hayden fechou sua revista e olhou para os lados, como se esperasse novas presenças acompanhando a professora.

— Srta. Hayes — cumprimentou, um pouco intimidada, desde que seu último encontro com ela não foi dos melhores e acarretou uma humilhação diante de Bethany e Amber.

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