3x06 - Winchester College Carnage

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 Abriu os olhos com certa dificuldade

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Abriu os olhos com certa dificuldade. Os sentidos retornaram com força, lhe trazendo uma série de vibrações por todo o corpo. Uma luminosidade forte cegou Emily, conforme ela lentamente recobrava a consciência, uma dor de cabeça despontando na têmpora direita.

Foi fácil perceber que estava em sua casa. Não estranhou nos primeiros segundos, até se recordar que anteriormente estava em Winchester. Como havia ido parar ali? Não se lembrava de nada, mesmo que a memória de Molly continuasse fresca em sua cabeça; aquele sorriso carregado no rosto da assassina, os exatos mesmos traços levados pela garota por tanto tempo durante as semanas que se seguiram em Oakfield.

Pareceu real. Emily tinha consciência de que tudo não se passava de uma visão criada por sua mente, mas, mesmo assim, não deixava de ficar com medo.

— Huh... — grunhiu, ao que uma onda de náusea lhe preencheu o corpo.

Tentava abrir os olhos completamente, mas estava numa constante luta com a luminosidade. Sentia-se deitada contra algo macio, um colchão, provavelmente sua cama. O cômodo se abria em paredes de madeira e móveis do mesmo material, envolvendo Emily o bastante para que ela finalmente conseguisse notar todas as coisas ao redor. Com lentidão e certa desorientação, foi capaz de encontrar a figura parada num dos cantos, de costas para si. Parecia não dar conta de que havia acordado, e por isso continuava falando ao telefone, com palavras inaudíveis para a sobrevivente.

Um movimento de braço vindo de Emily foi o bastante para chamar a atenção de Linda. A moça virou o rosto ao captar a movimentação, empertigando-se.

— Certo — dizia ao telefone. — Tudo bem. Muito obrigada.

Desligou a chamada e enfiou o celular no bolso, dando passos rápidos até Emily. Com uma expressão preocupada, Linda deu a volta na cama e sentou-se na beirada, ao lado da garota.

— Ei, está tudo bem? — perguntou, tocando-lhe o ombro.

— Sim... — respondeu Emily, parecendo fraca. — O que... O que aconteceu?

— Você desmaiou, Em. Alguns professores me ajudaram a te trazer para cá.

Emily teve uma esclarecida na situação, não ousando se mexer pois sabia que isso só causaria o aumento da dor de cabeça.

— Eu estava falando com seu terapeuta ao telefone — tornou Linda.

— Por quê? — questionou Emily, estranhando.

— Queria saber se o desmaio tinha alguma coisa a ver com seu tratamento.

Concordando com a cabeça, a sobrevivente continuou:

— Eu só fiquei tonta depois do que você disse.

Foi quando as informações voltaram como uma onda. Parou estática por um instante, encarando Linda como se ela fosse um ser majestoso ou coisa assim, os olhos tremeluzindo à meia luz que entrava no ambiente conforme uma fina camada de lágrimas se juntava a eles.

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