Ninguém está livre do passado quando este se resume a um filme de terror.
Um ano se passou desde que terríveis assassinatos abalaram a cidade de Oakfield pela segunda vez. Juntos, os sobreviventes tentavam recuperar a sanidade na Universidade de Wi...
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Os passos das três garotas quebravam constantemente os galhos secos espalhados pelo chão. As folhas esmagadas pelas solas de seus sapatos eram deixadas para trás num rastro claro em meio a floresta fria, iluminada parcamente pelo sol, escondido atrás das nuvens no céu nublado. Com grande descontentamento, Connie ainda mantinha aquela expressão de repulsa no rosto, com a cara completamente franzida numa carranca de se dar risada.
— Se eu riscar minhas botas, juro que mato vocês duas — murmurou rispidamente.
A risada fraca que se seguiu veio de Carrie, a alguns passo à frente. Liderando o trio, a garota loira era seguida de Meadow e Connie, mais afastada por conta de todo o cuidado que tomava para, como ela mesma tinha dito, não riscar suas botas. A latina foi quem manteve-se quieta após o protesto da negra, apenas balançando a cabeça com um sorrisinho nos lábios, adorando a forma como Connie tinha apoiado a ideia e agora não conseguia dar dois passos sem soltar uma série de protestos, como se suas companheiras fossem as culpadas por estarem ali.
— É melhor segurar suas reclamações para depois — pontuou Carrie. — Nós ainda nem chegamos no nosso objetivo.
O plano tinha sido posto em ação. Não que alguma delas realmente chamasse aquilo de plano, era mais uma ideia. De qualquer forma, o trio de garotas realmente se reuniu para explorar a cena do crime da morte de Laney, Valerie, Livvy, Kayla e Beatrice. Agora, após terem estacionado o carro de Meadow bem longe, num dos acostamentos da rodovia, as três seguiam em meio a floresta que cercava a área onde queriam chegar, sabendo que claramente não podiam simplesmente entrar pela portaria do local, pois seriam barradas. Por isso, a missão quase impossível tornava-se um desafio ainda maior, sendo obrigadas a atravessar a mata e rezar para não darem de cara com policiais ou qualquer outra pessoa que poderiam lhes mandar para longe dali algemadas.
— Ainda acho essa uma ideia idiota — tornou Connie, parecendo nervosa demais para calar a boca e constantemente puxando assunto.
— Foi você quem teve — rebateu Carrie, seguindo caminho.
Connie bufou em resposta. Ao redor, as árvores se fechavam com espaçamentos entre si, pinheiros longos que, se olhados daquele ângulo, mais pareciam perfurarem o céu. O vento forte retumbava contra as folhas e balançava os cabelos das três.
— Eu fui contra isso desde o início — disse Meadow, afastando um arbusto com as mãos.
— Mas está aqui, mesmo assim — Carrie voltou a dizer, sendo a que estava mais empolgada com aquilo, como a forma que seguia liderando o grupo deixava bem claro.
— Pois é. — Meadow respirou fundo. — Espero que não acabemos em encrenca.
Arregalando os olhos, Connie demonstrou certo choque, dizendo:
— Ah, meu Deus... Espero que os corpos delas não estejam lá!
— Para de ser imbecil, eles já foram retirados. — Carrie riu.