3x04 - The Nightmare Continues

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 O homem [

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O homem [...] não consegue aprender a esquecer,

mas se vê preso ao que passou: por mais longe

ou rápido que corra, a corrente corre junto.

— Friedrich Nietzsche


Sol forte, nuvens escassas e uma brisa inútil que não amenizava o calor: era dessa forma que aquela manhã se prosseguia.

A Universidade de Winchester estava agitada. O mês de Outubro veio acompanhado de um forte calor consagrado à vida dos animados e festeiros estudantes, que já esperavam pela oportunidade de aproveitar o vindouro Halloween longe do frio, e substituiu a temperatura baixa do outono estadunidense. E de fato, grande parte do país estava agasalhado e batendo o queixo, mas ali, na pequena cidade de Avon Lake, no estado de Ohio, a situação era um pouco diferente.

O campus universitário mantinha-se coberto pela onda de cabeças joviais que iam de um lado para o outro, encaminhando-se para suas devidas aulas do dia. Quase como um tapete, a multidão ambulante espalhava-se entre o muro de prédios que rodeava o centro de Winchester, mais parecendo uma muralha que os mantinha presos ali no meio. No entanto, a enorme extensão da universidade não acabava por ali. Salpicada por árvores em suas ruas já vazias, a famigerada faculdade, uma das melhores do estado, tinha uma vasta área bastante invejada por outros pontos de ensino.

Mas era dentro de um dos prédios principais que a verdadeira agitação de nervos acontecia. Mais especificamente, dentro de uma das dezenas de salas dos professores que haviam por ali. O cômodo amplo e retangular se abria em paredes brancas e refrescava a todos do calor. Uma das paredes laterais, feita totalmente de vidro, exibia o belo jardim de flores que existia na lateral do prédio, e também dava visão para o campus mais ao fundo, onde os alunos caminhavam em meio ao som de vozes. Mesmo assim, pela longitude — que era grande, mas não muita —, a privacidade dos professores nunca era quebrada por algum espertalhão que decidisse espioná-los.

Iluminado pela luz solar e natural que vinha da parede de vidro, o rapaz magro e alto usava um terninho justo ao corpo e bastante elegante. Os cabelos loiros já estavam nos primeiros estágios da calvície, que ele escondia muito bem e ela passava despercebida, mantendo-se penteados com um pouco de gel num pequeno topete acima da testa. Numa das mãos, levava uma xícara cheia de café feito a apenas alguns minutos, enquanto mantinha-se parado diante da TV disponibilizada na sala. De cenho franzido, Frank Bludworth assistia ao noticiário com bastante perturbação.

— Isso é inacreditável — disse ele, balançando a cabeça e dando um gole do café enquanto virava-se e dava as costas à TV de tela plana, deixando o assunto de lado por estar incomodado demais com ele. Nunca gostou de coisas como aquelas.

Atrás dele, estava Lola Highmore, sentada na mesa mais próxima da estante com a TV, balançando as pernas cruzadas naquela ansiedade que atravessava o corpo. Os cabelos negros agitaram-se ao redor dos olhos verdes quando ela concordou com a cabeça.

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