3x19 - The Missing Girl

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 A universidade do terror foi obscurecida pela chegada da noite

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A universidade do terror foi obscurecida pela chegada da noite. Os postes ao redor do campus foram acesos, seus estudantes se prepararam para uma noite de sono, rezando para que não acordassem com a notícia de que um de seus colegas fora assassinado — outros, desejando que não fossem surpreendidos pelo próprio assassino. A paz e o silêncio se estabeleceram entre as ruelas de Winchester, e tudo parecia correr como deveria. Depois de uma noite inteira de puro horror, o Carrasco parecia ter aquietado um pouco e dado certo alívio aos jovens e velhos alvos. Mas seria essa a verdade?

Claramente, não. Emily acabava de estacionar seu carro diante do ponto que procurava. Havia seguido sigilosamente pelas ruas do campus já bastante vazio, tentando não chamar muita atenção. Levou a si mesma para uma das extremidades da universidade, um ponto que tinha entrada proibida para qualquer estudante ou pessoal não-autorizado, tanto que foi obrigada a descer do carro para tirar os cones de trânsito que bloqueavam a passagem. Mesmo de lá, já sentia um arrepio ao ver o que surgia à frente.

Agora, diante da formosura dos dois prédios, Emily observava de baixo para cima o quão alto eles eram. A identificação do local onde Bethany estava sendo mantida foi fácil, provavelmente uma jogada do próprio maníaco para que a sobrevivente a localizasse rápido e seu jogo maldito tivesse início. Aquela área afastada do turbilhão de Winchester era um espaço em construção, que em breve abrigaria novas casas de irmandade e prédios para dar habitat aos frequentadores da faculdade. No entanto, como era um processo lento e demorado, a única construção que havia ali, por enquanto, eram os prédios gêmeos.

Ambos tinham doze andares, e o projeto dizia que seriam feitos com paredes de vidro e uma galeria, como um corredor, que os ligaria justo no topo. Dessa forma, ambos os prédios poderiam ser alcançados sem que a pessoa tivesse que descer até o térreo, podendo simplesmente subir ao último andar e caminhar pelo corredor com paredes de vidro que conectava as construções. Contudo, eles ainda não estavam prontos. As estruturas se resumiam a vigas de metal e placas de madeira, mesmo que o prédio da esquerda estivesse um pouco mais avançado em sua construção, com paredes de concreto já erguidas no interior e fiação instalada em certos pontos.

Emily estava parada no espaço aberto ao sopé de ambos os prédios, os cabelos negros sendo levados com o vento forte. O lugar ficava numa inclinação, em relação ao restante de Winchester, portanto se olhasse para trás, teria uma vista privilegiada de toda a universidade. Deixou seu carro estacionado na frente e começou a caminhar lentamente até as estruturas. Pelo que havia notado no vídeo, Bethany estava sendo mantida no prédio à esquerda, o que estava mais preparado, e por isso foi imediatamente até ele, olhando para todos os lados, com medo de que estivesse entrando numa emboscada do assassino.

Decidiu não levar mais ninguém consigo, pois isso seria apenas um risco a mais para a pessoa que lhe acompanhasse. O psicopata havia se referido àquilo como sua parte no jogo, dessa forma, era claro para Emily que deveria ir sozinha. E sabia que era capaz de enfrentá-lo. Sempre conseguiu e todo o medo de dias antes havia se esvaído com a realização de que era hora de deixar o trauma para trás para lutar novamente. Poderia sofrer com tudo aquilo depois. Agora, era sua obrigação lutar ao lado daqueles que continuavam vivos.

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