3x21 - Slashdance

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 Aquela seria a segunda tempestade da semana

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Aquela seria a segunda tempestade da semana. De maneira um tanto esperada, devido ao céu nublado pelo dia todo e o clima que aos poucos foi esfriando cada vez mais, as gotas de água começaram a cair — e não poderia ser num momento melhor.

O plano de Rory seria posto em ação. Com extrema tensão, ele olhava através da janela de seu dormitório, os olhos fixos nas gotículas que acertavam o vidro. Sem muito ânimo ou preocupação para acender a luz, ficava no escuro, sendo iluminado somente pelos relâmpagos que vez ou outra estouravam ao longe. Pensou ser uma má ideia fazer aquilo no meio do temporal, mas após uma melhor análise, percebeu que era sim o mais esperto a se fazer. Não atrairiam atenção exterior, de pessoas que não estariam envolvidas naquilo, e também, talvez, seria mais fácil de encurralar o assassino.

Apenas esperava a mensagem de Owen, para que pudesse sair dali e ir ao local marcado. Vestia uma jaqueta grossa para se proteger da chuva e, também, porque pensou que dificultaria qualquer golpe vindo do Carrasco. Rory seria a isca de tudo, o responsável por atrai-lo até o campo de futebol americano de Winchester, onde tudo decorreria como haviam planejado — ou, pelo menos, esperavam que sim.

Foi quando, levando um susto, escutou a porta sendo aberta às suas costas, se virando rapidamente e deparando-se com quem menos esperava.

— Por que a luz está apagada? — perguntou Frank, apertando o interruptor.

A claridade se fez, obrigando Rory a tampar os olhos e fazer uma careta.

— Credo, não sabe bater? — disse ele, um pouco irritado pela intromissão do pai.

— Só queria ver como você está — explicou Frank, fechando a porta.

O mais velho olhou ao redor do quarto, perfeitamente arrumado. O colega de quarto de Rory não estava ali, o que ele estranhou um pouco.

— Onde está o Jason? — questionou Frank, colocando as mãos na cintura.

— Na biblioteca, tomando banho, estudando... Como vou saber?

Fitando-o como se já esperasse pela resposta um pouco grosseira, Frank não se deixou levar. Rory cruzou os braços, voltando a olhar pela janela. A universidade parecia morta.

— Vai para algum lugar? — Frank se aproximou alguns passos, notando as roupas do filho e a mochila em cima da cama.

Pronto para pegar na mala, Rory apressou-se para tirá-la de seu alcance. O pai não poderia ver a corda e a faca de cozinha que havia ali dentro.

— Não, eu acabei de voltar da biblioteca — mentiu Rory.

— Mas nem está molhado — continuou Frank.

O menino pensou rápido, dizendo:

— Foi antes da chuva começar.

Dando-se por entendido, Frank voltou a olhar ao redor do quarto. Havia sim pego o aplicativo para ver as câmeras de segurança do campus, mas isso não era garantia de muita coisa e ele preferiria dar uma conferida no filho antes de voltar para casa. Rory, por outro lado, só desejava que o pai fosse embora de uma vez, a fim de não atrapalhar o plano.

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