3x16 - The House on Sorority Row

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 A lareira estralava na sala de estar espaçosa e iluminada pela amarelada luz no teto

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A lareira estralava na sala de estar espaçosa e iluminada pela amarelada luz no teto. Uma das partes mais chamativas da Gamma Zeta era exatamente aquela: a sala de estar. Isto chegava a se tornar uma grande ironia por conta do fato das irmãs da casa serem as que menos davam festas em sua propriedade. Talvez fosse pela preguiça, pela falta de gosto ou pela incapacidade de comandar uma festança por conta da pouca quantidade de pessoas que ali moravam, mas o fato era que Connie, Carrie, Terry, Cece e Blaire sempre foram mais atraídas por festas em outras casas, do que nas delas mesmas — e após o desastre ocorrido na Kappa Omega Theta, era provável que isso jamais fosse mudar.

Naquela noite, as coisas seguiam como sempre. O silêncio reinava pela residência grande e visualmente bela, sem nenhuma TV ligada, rádio tocando ou vídeos num celular. O horário em que barulhos altos eram permitidos tinha excedido horas atrás, quando todas elas ainda estavam na festa dada pela Kappa, e agora tinham de se contentar com conversas baixas para não incomodar os nem tão amigáveis vizinhos, as pessoas que estavam dispostas a denunciar a casa para a segurança do campus apenas pela diversão de ver as garotas sendo tiradas do conforto de sua residência para levar xingo — mesmo que a maioria das casas em volta estivessem inabitadas e prontas para ser alugadas.

Assim, sendo esquentadas pela lareira acesa, Blaire e Terry continuavam jogadas nos sofás da sala de estar. Cada móvel ficava em um lado, não tocando nas paredes, centralizados no meio do cômodo e separados por um tapete felpudo e uma mesinha de centro toda feita de vidro. A lareira ficava à direita, grande e feita de tijolos laranjas, o suporte para os atiçadores do fogo e a pilha de lenhas acompanhando a dança vibrante das chamas, a fumaça subindo pela chaminé espaçosa. Do lado oposto, estava a passagem que levava para o hall de entrada, o corredor e os demais cômodos.

Suspirando fundo, Blaire continuou encarando o fogo da lareira de maneira entediada. Sem sono e traumatizada pelas lembranças do cadáver de Meadow, via-se hipnotizada pelo movimento das chamas, presa naquela posição, com o queixo apoiado num dos braços e as pernas juntas ao peito, coberta pela metade por um cobertor quente. No outro sofá, Terry continuava sua tarefa de pintar as unhas dos pés, concentrada demais para sequer desviar os olhos para as janelas bem em sua frente. Elas ficavam atrás do sofá ocupado por Blaire, seguindo como uma fileira por toda a parede em quatro grandes placas de vidro, altas e nem tão largas, com grades de proteção impostas pela Reitora para a segurança das meninas. Apenas as duas janelas dos cantos continham cortinas lhes cobrindo, e as do meio, por sua vez, exibiam todo o quintal da frente da irmandade.

— Você poderia ter me falado que iria conversar com ela sobre isso — dizia Terry, tomando cuidado para não borrar as unhas

— Pensei que pudesse me impedir — respondeu Blaire, indiferente e entediada.

— E eu iria mesmo — a negra não negou. — Amiga, já falei que não precisa se preocupar com essas coisas, e eu nem estou bêbada por falar isso. Nada vai acontecer.

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