Amy Martin
A noite anterior tinha sido muito boa com as meninas, fazia muito tempo que eu não participava de festas do pijama. Matei muito bem a saudade.
A programação de nosso grupo hoje era assistir filmes, jogar ou fazer nada na minha casa. Mamãe estava muito feliz, morria de saudade de meus amigos. Assim como eles também estavam animados para rever a "tia Rony", como chamavam minha mãe. Eles iriam vir quando estivesse anoitecendo.
De tarde minha mãe foi ao mercado com minha tia e vi isso como uma oportunidade de me resolver com Calum. Tomei coragem de desbloquear o número dele e de enviar uma mensagem.
Amy: Oi, Cal. É a Amy
aqui, tá podendo falar?Os minutos que ele demorou para me responder pareceram anos na minha cabeça e já estava arrependida de ter mandado a mensagem. Quando iria apagá-la, ele me respondeu:
Número desconhecido: Eu sei que é você,
não foi eu que bloqueei seu número.Aquilo me tirou do sério, mas precisava manter calma e ser madura. Salvei seu número em meu telefone e continuei:
Amy: De fato.
Podemos conversar?Calum: sobre?
Ele estava testando minha paciência e eu não sou bem uma pessoa muito paciente.
Por mensagem eu sabia que ele iria continuar sendo grosseiro comigo e me ignorar por várias horas então pedi que ele viesse mais cedo que os outros para que pudéssemos conversar pessoalmente. Ele concordou.
Ele chegou no momento que minha mãe, vi os dois se abraçando pela escada. Minha mãe sentia muito carinho por ele e ele por ela. Seu sorriso desapareceu quando me viu e me cumprimentou friamente:
- Oi, Amelia.
Me controlei ao máximo para não revirar os olhos. Ele parecia bem bravo e ressentido comigo.
- Olá. Vamos para o meu quarto.
Entrando lá, sua feição amoleceu um pouco. Um pequeno sorriso nostálgico tomava conta de seu rosto e ele admirava tudo com atenção, cada centímetro de meu quarto e toda a decoração.
- Não entro aqui desde aquela noite fatídica. - seus olhos encontraram os meus, expressão de tédio ou desprezo voltou com tudo. Respirei fundo e prossegui:
- Bom, é sobre essa noite fatídica que quero conversar.
- Vai repetir o discurso e tentar me beijar de novo? - disse em tom acusatório cruzando os braços.
Eu não estava mais calma e ele percebeu isso e até deu um pequeno sorriso cínico.
Assumi a mesma pose que ele e disse:
- Você acha mesmo que depois de todo esse tempo eu ainda gosto de você, Calum? - Até me forcei a rir disso. Que prepotente.
- Não sei, me diz você. Por que você me chamou aqui, Amelia?
- Ok, para de me chamar de Amelia! - revirei os olhos e respirei fundo. Tinha que ser madura. - Eu não gosto de você Calum, isso já passou, ok?
- E por qual razão você me chamou aqui? Me trouxe até o seu quarto e trancou a porta. - apontou para fechadura. - espero que não tente me beijar de novo e depois fugir pelo mundo botando a culpa em mim de não corresponder.
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(dis)connected | cth
RomanceAmelia sempre foi uma garota muito intensa, romântica e autoconfiante até demais. Sua vida sempre foi repleta de alegria e amor, pois tinha muitos amigos. Um deles, Calum, era seu melhor amigo. Se conheceram ainda pequenos e o laço só se tornou mai...