Amelia sempre foi uma garota muito intensa, romântica e autoconfiante até demais. Sua vida sempre foi repleta de alegria e amor, pois tinha muitos amigos.
Um deles, Calum, era seu melhor amigo. Se conheceram ainda pequenos e o laço só se tornou mai...
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Amy Martin
Haveria uma festa hoje a noite em que os meninos iriam tocar, então eles ensaiaram todos os dias depois das aulas. Eu até tinha coisas para fazer em casa, porém assistir os ensaios era muito melhor então sempre estava lá presente.
Calum estava um pouco mais afastado de mim esses dias, agia estranho desde o dia que fomos no cinema e eu precisava saber o porquê. Hoje seria o último ensaio e seria na casa dele, então resolvi ir um pouco mais cedo para poder conversar com ele a sós. Toquei a campainha e esperei até que sua mãe, Joy, atendesse.
- Oi, tia Joy! - abracei ela.
- Oi, meu amor. O Cal está la em cima, fique a vontade, você já é de casa.
Sorri para ela e subi as escadas, bati uma centena de vezes na porta de Calum e ele não abriu, decidi entrar. Ouvi o barulho do chuveiro e entendi porque ele não me ouviu. Esperei mais alguns minutos sentada em sua cama, até que vi sua silhueta sair do banheiro só de toalha. Engoli em seco.
Oh, eu não esperava por essa.
Fiquei alguns segundos perdida naqueles cachos escuros molhados gotejando em seu peitoral úmido, nos seus braços, as tatuagens, as veias saltadas, suas mãos até baixar o olhar e notar aquele "V" que levava àquela protuberância no meio da toalha. Umedeci os lábios involuntariamente.
Meu Deus.
Quando reassumi o controle de meus pensamentos, levantei meu olhar para poder fitá-lo e ele estava imóvel me encarando com uma expressão de surpresa, eu suponho.
- O que você faz aqui? O ensaio é só daqui a uma hora, eu acho.
- Eu preciso de motivo para vir na casa do meu melhor amigo? Você sempre aparece na minha casa sem ser convidado. Bom, aparecia... - tentei ao máximo ignorar como ele estava do pescoço para baixo e só me concentrei em encarar aqueles lindos olhinhos puxados.
- Aparecia? - inclinou a cabeça para o lado e sorriu franzindo o cenho. - O que você quer dizer com isso? - começou a caminhar na minha direção e eu congelei.
Não consegui mais manter o autocontrole de ignorar seu corpo e meu coração começou a bater mais rápido. Senti minha boca seca e minhas bochechas queimarem. Por que de repente ficou tão quente aqui? E o que ele iria fazer?
Porém ele continuou caminhando até chegar em suas roupas atrás de mim que estavam sobre a cama. Fechei os olhos e soltei o ar que nem tinha notado que estava preso.
- Mel? - chamou minha atenção.
- Você tá estranho comigo há dias, Cal. - Me levantei para encará-lo.
