two: so we're taking the long way home

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Amy Martin



Após longas horas de vôo, finalmente pousamos em Melbourne. Tinha dormido o tempo todo praticamente assim como minha mãe. Estávamos desembarcando de mãos dadas, as duas super nervosas, ansiosas e até com um pouco de medo. Mas ela me passava forças assim como eu sei que também passava para ela.

Veronica, minha mãe, é a melhor mulher que eu conheço, a melhor pessoa na verdade. Meu pai morreu quando eu ainda era bebê então nunca tive a oportunidade de conhecer ele. Minha mãe me criou muito bem sozinha - bom, com ajuda da minha tia Deborah e do tio John, os pais de Leigh-Anne. -, nunca tivemos brigas muitos feias, sempre fomos bem unidas e até confidentes. Ela continuou namorando todos esses 17 anos mas nunca ficou muito tempo presa num relacionamento. Mamãe se auto-intitulava como uma "alma livre para todo sempre".

Ela era muito linda e uma mãe super incrível e nada conservadora chata! E também nem um pouco preconceituosa, ela sempre dizia: "o mundo já é cruel demais com garotas pretas como nós, não podemos compartilhar esse ódio sem motivo com outras pessoas que são perfeitas em sua pura autenticidade somente porque não entendemos ou não aceitamos como elas são." e eu levava isso sempre em consideração.

Avistamos aqueles rostos conhecidos com uma placa escrito: "Olá garotas Martin! São os Pinnock aqui (e uma Thirlwall), bem vindas de volta e não nos abandone novamente!". Eu e mamãe começamos a rir e chorar e partimos correndo para os braços da nossa família.

- Amelia eu nunca mais vou deixar você sair de perto de mim! - berrou Leigh-Anne se jogando em cima de mim.

- Se você pensar em fugir da gente de novo, nós te amarramos da árvore do seu quintal! - disse Jade chorando também se juntando ao abraço que mais me sufocava do que confortava.

- Tia Rony!

- Tia Debbie!

Eu e Leigh dissemos um uníssono abraçando a mãe uma da outra. Eu e mamãe abraçamos tio John e depois de mais alguns minutos de chororô de reencontros, estávamos finalmente indo para casa.

Durante o caminho, o carro ficou meio apertado, pois eram 4 pessoas no banco de trás: minha mãe, Leigh-Anne, eu e Jade - que estava praticamente em meu colo. -, mas isso não impediu que estivéssemos super felizes e conversando sem parar, tentando por o papo em dia mesmo nos falando sempre. Graça aos céus, nada tinha mudado por aqui, Leigh-Anne ainda morava na casa ao lado da minha e Jade atravessando a rua, ainda tinha minha duas melhores amigas sendo minhas vizinhas. Os gêmeos Hemmings ainda moravam na esquina de nossa rua e devo admitir que estava ansiosa para ver eles.

Acho que meu nervosismo tinha desaparecido, só me sentia imensamente feliz e leve de estar ali de volta.

- Agora que você está oficialmente de volta, posso te adicionar ao nosso grupo de conversa sem que você surte por você-sabe-quem estar lá também! - disse Jade mexendo em seu celular. Revirei os olhos pela menção de Calum como se ele fosse Lorde Voldemort.

Desbloqueei minha tela e vi as mensagens:

Jeed ♡ te adicionou a um grupo

Jeed ♡: A AMY TÁ DE VOLTA!

Li as mensagens que foram chegando e percebi que só havia 3 números ali que não estavam salvos em meu celular: o de Ashton e Jesy já que ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer eles e o de Calum, que estava bloqueado. E permaneceria assim por um tempo.


Eu tinha passado a tarde com minha família e estava tudo as mil maravilhas, porém eu e minha mãe ainda estávamos cansadas então fomos deitar. E graças aos céus que tia Debbie, Leigh-Anne e Jade tinham arrumado as coisas em minha casa já, até tinham feito compras e iríamos jantar na casa de Jade. Então só precisamos desfazer nossas malas e guardar as roupas.

(dis)connected | cthOnde histórias criam vida. Descubra agora