Fui andando apressadamente atrás de Luke e quando saímos do campo de visão do pessoal todo e Gabriela, decidi chamá-lo, porque pela atitude dele com certeza iríamos brigar e eu não queria que ela visse aquilo.- Luke! Espera! O que foi?! - gritei e ele parou de andar na hora. Se virou e veio até a mim com uma cara não muito boa.
- Que merda tá acontecendo aqui, Amelia?! - diz bravo e com o tom bem mais alto e ríspido do que geralmente fala comigo, encolhi na hora. Ele nunca falou desse jeito comigo antes.
- Como assim? Do que você tá falando? - perguntei um pouco receosa dele gritar comigo de novo.
- Dessa noite toda. De tudo que você tem feito. - cruzou os braços. Ok, estava me sentindo muito intimidada por um Luke bravo, ele tinha quase dois metros de altura e me olhava com muita raiva, me senti ainda mais pequena diante disso. Eu só queria sumir. - A gente não se resolveu.
- A gente vai conversar na minha casa... - digo nervosa e ele ri sem humor me interrompendo.
- Vai mesmo? Ou eu só vou acabar na sua cama? E você vai fingir que nada disso aconteceu sem se importar com o que eu acho? Eu pedi esse tempo porque a gente precisava disso! Aliás, precisa disso! - esbravejou, mas mantendo a calma e não levantando a voz de novo. Afinal, estávamos em público.
- Eu quero você de volta. - ele me encarou e suspirou alto.
- Quer mesmo? Assim do nada? Sabe Amy, eu sei que você não sabe jogar e mesmo assim propôs isso para Gabriela. Você acha que eu não entendi o motivo disso tudo? - Agora sua expressão era de decepção.
- Você quer que eu fique calma e brigada com você sabendo que sua ex tá na cidade te secando?! - bom, agora eu estava começando a ficar brava. Eu tinha total direito de me sentir assim, poxa. Ainda mais porque ele me dava motivos sim para me sentir insegura.
- Ah, então era bem o que eu achava. Você não me quer de volta por vontade própria, você só quer me exibir como uma conquista sua para ela. Não se trata de me perder e sim de não deixar ela ganhar.
- Não é isso, Luke! - na verdade era, mas ele falando desse jeito me deixou mal. - Eu te amo. - era muito baixo usar isso? Ele fechou os olhos suspirando e quando os abriu, parecia calmo de novo.
- E eu também te amo, mas você não parece acreditar nisso. Você acha que eu vou te trair com ela, é isso? Eu me sinto mal em você pensar isso e extremamente decepcionado em te ver me usar desse jeito. Você não se perguntou como eu me sentiria com isso?
- Me desculpa, mas por favor, eu preciso de você. - peguei na mão dele que encarou o gesto por alguns segundos mordendo aquele piercing ansioso. Quando seus olhos encontraram os meus, a postura dele era dura e decidida.
- Não. Ainda não. - Eu acabei de levar um fora do meu namorado. Será que eu estou destinada a ser sempre rejeitada? - A gente precisa desse afastamento, você sabe que sim. E eu sou seu namorado ainda, vou te respeitar, peço desculpas por na festa não ter feito nada, mas aquilo não vai se repetir. - diz dando aquele beijo no topo da minha cabeça, aquele mesmo de sempre. Mas agora eu me senti triste com esse gesto.
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(dis)connected | cth
Roman d'amourAmelia sempre foi uma garota muito intensa, romântica e autoconfiante até demais. Sua vida sempre foi repleta de alegria e amor, pois tinha muitos amigos. Um deles, Calum, era seu melhor amigo. Se conheceram ainda pequenos e o laço só se tornou mai...