Capitulo 32-Alguns passos

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Kagaya descia do cavalo,estando já a frente da casa de Obanai.Seu rosto mantinha a mesma expressão calma de sempre, mas um de seus punhos se fechava com força.

Yuko só observava, ainda em cima de um cavalo negro ,um garanhão belo e chamativo. Ele desceu rápido do seu e pegou as rédeas do cavalo malhado em que viera o mestre.

-Kagaya,eu estou indo passear com eles,vou caçar um lugar com grama e daqui uns minutos eu voltarei.

O líder assentiu.Devagar começou a andar em direção a casa do hashira das cobras.Ao bater na porta,logo Obanai surge a abrindo e o cumprimenta se curvando.

-Bom dia,Obanai

-Bom dia mestre,a senhora Amane estar deitada no quarto ao lado do meu.Eu vou levar-ló até lá.

Assim os dois foram,sem falar mais nenhuma palavra.Obanai deixou o homem a frente da porta fechada do quarto e saiu.

Kagaya ficou ali em pé durante quase um minuto, parado,fitando o chão com a testa franzida.

Até que respirou fundo.

-Amane você está aí?

- Pode entrar se quiser ...- respondeu a mulher do outro lado.

Devagar a porta foi correndo para o lado ,Kagaya abriu o suficiente para ele passar, entrou,logo fechou atrás de si.O quarto estava escuro mas não o suficiente para que não se visse nada,dava para notar a mulher deitada na cama ,virada se costas para ele.

-Se quiser abrir a...

- Não precisa-Interrompeu Kagaya- Eu só vim aqui dizer...que quero que volte para casa.As crianças devem voltar para casa assim que você voltar.

Amane se sentou ,se virou em direção ao seu esposo,ele já dava as costas.

-Kagaya,por favor me deixa...

-CALADA!

Amane se calou imediatamente, com medo de leva outra surra,o mestre apenas continuou a andar em direção a porta mas faltando um passo para sair, ele parou.

-Amane...você não tem vergonha?Como ousar dizer que tem como explicar o que fez?- Disse ele sentindo cada vez mais a raiva crescer no peito-No mínimo, aceite que errou por que quis.Por que simplesmente quis.

-NÃO!-Gritou ela com a voz embargada-Me der aos menos uma chance de falar algo!

Mas Kagaya já havia saído.Ele desejava ouvir o que ela talvez tivesse a dizer mas foi tomado pela raiva.Ele precisava de um tempo. Longe de tudo e sozinho.Mas isso era complicado,envolvia deixar seus filhos e a responsabilidade da organização,não queria mais incomodar Mitsuri com seus problemas e ninguém mais.Ele já desejava sumir de uma vez,ainda tinha por cima seus conflitos internos que o acabavam por dentro ,tinha vontade de gritar, eram coisas demais para alguém.Não era por que parecia sempre calmo que tudo dentro de si estava também.

Saindo da casa,ele andou pela rua em busca de Yuko, estava tudo bem andar na rua,ele estava com bandagens no rosto que cobria a doença.Ninguém iria ficar o olhando como uma coisa horrenda.
Se perguntava por que tinha que ter uma sina tão triste, uma vida tão difícil .Ele estava cansado,pensar na morte já não era tão mais doloroso assim como antes.

Kagaya andou muito sem rumo, perdidos em seus pensamentos até que o som dos passos de cavalo atrás de si, o fizeram parar e olhar para trás por cima do ombro.

-Para aonde está indo?-Perguntou o mordomo sobre o cavalo-Pelo visto,sua conversa não foi boa.

Kagaya se virou para ele.

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