Me canse que eu durmo

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Antes de entrar na cabana de cravos eu consigo ouvir minhas quatro meninas gargalhando e trocando cochichos. As cortinas já estão fechadas, o que é um indicio da promiscuidade que deve estar acontecendo ali.
Eu nem consigo imaginar o que elas já podem ter feito sem mim. Talvez eu não seja tão criativo quanto eu pensei.

Me culpei por cada segundo a mais que eu passei na cabana maior, escrevendo nos diários de bordo. Foi tempo de sobra para que as mentes ardilosas das minhas mulheres pudessem criar cenários inimagináveis atrás daquela porta.

Bato na madeira e aguardo. Escuto os sorrisos darem lugar a um suspense bobo. A porta em minha frente abre e por ela Antonieta sai, de pés descalços, seus cabelos negros soltos, vestida apenas com uma camisola branca com tecidos leves e transparentes. Parece a própria Afrodite. Ela sorri, me fazendo lembrar que de inocente ela só tem a cara. Todo o cansaço que meu corpo estava se esvai. Eu a puxo para junto do meu corpo, a beijo com força, com vontade com desejo. Eu quero agora e ali mesmo. Na soleira da porta. O gosto de mel e frutas vermelhas da sua boca é o cheiro que eu queiro no meu corpo inteiro. Reviro os olhos só de lembrar do que ela é capaz de fazer com a língua. A encosto na madeira e começa a puxar as saias da camisola. A luz da lua reflete no tecido e em sua pele. Antonieta solta um gemido escondido no fundo da garganta, seu corpo está querendo se entregar... Mas segura as minhas mãos antes que eu possa a despir.

- Meu duque, vai querer aqui? Com o acampamento todo nos olhando? – Ela morde os lábios depois da pergunta. Eu conheço a perversão de Antonieta e se eu a convidasse para cavalgar em mim enquanto os marujos assistem, ela iria. O que realmente a impede é sabe se lá o que elas prepararam dentro da cabana. Eu me afasto, contendo a pressão que cresce em minhas calças.

Do a mão a Antonieta e passo pela porta.

A cabana de cravos está a meia luz. Existem garrafas de vinho espalhadas por cima da mesa. Pelo o que percebi, as meninas dispensaram as serviçais para que elas pudessem desfrutar da companhia uma das outras. Tavaras está no sofá de panos, alguém deveria fazer uma pintura dessa mulher ali. O sofá quase chama por seu nome. Está com suas calças de coro, mas seus peitos estão a mostra, manchados com batom. Uma das meninas já esteve com a boca ali.

Berenice está vestindo uma camisola do mesmo tecido que Antonieta, deixando cada detalhe do seu corpo ao meu deleite. Ela cambaleia da mesa até mim, trazendo uma garrafa de Rum. Parece que todo aquele vinho acabou, e elas optaram por uma bebida mais forte...

Maria está sentada em uma poltrona do outro lado da sala, não muito longe do sofá de panos. Ela também veste uma camisola branca. É impressionante como a mesma peça se destaca de forma diferente em cada um dos corpos ali presentes.

Eu pego a garrafa de Rum das mãos de Bere e dou um longo gole. Antonieta se enrosca nos meus braços. Uma mão no meu peito e a boca no meu pescoço.

- Eu quero nós cinco meu rei. – Ela sussurra baixinho. O rum queima a minha garganta, eu olho para as quatro mulheres ali presente e imagino tudo que Antonieta seria capaz de querer. Encaro Tavaras e lembro da sua recente paixonite por Maria e se isso não traria problemas para ela. Penso na inexperiência de Maria e se uma orgia não lhe assustaria. Encaro Berenice que está sorrindo diabolicamente para Tavaras.

Antonieta me puxa pelo colarinho até a mesa. Eu largo a garrafa assim que chego perto, ela senta na mesa, me encaixa entre suas pernas e começa a tirar minha camisa.

Berenice caminha até Tavaras que ainda está deitada no sofá. Senta no seu colo e eu já posso imaginar de quem era o batom nos peitos de Tavaras. As duas se beijam. Tavaras Puxa a cintura de Berenice para que seus corpos possam se encaixar ainda mais. O joelho direito de Tavaras levanta como em um instinto. Berenice aperta as almofadas do sofá com força, cravando suas unhas. É a vez de Tavaras brincar com os peitos de Bere.

Maré BaixaOnde histórias criam vida. Descubra agora