Eu pretendo tocá-las

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Carien e Amelia estavam ofegantes em meu tapete, a respiração irregular soava como um convite.

Eu já estava ereto e sedento. Os olhares buscavam pelo meu. Amelia negava com a cabeça, suplicando por uns instantes para se recompor, já Carien estava tomada por uma curiosidade insana.
Eu terminei de desatar as calças e deixei o tecido cair em meus tornozelos. Engatinhei em direção a Carien que submetia seu corpo abaixo do meu. Suas unhas contornaram meu abdômen, seus braços envolveram meu pescoço e ela me puxou para um beijo. Eu a beijei enquanto encaixava. O beijo foi interrompido com seus gemidos, seguidos dos meus.

Não demora muito para que Amelia toma-se por convencida a participar. Com a mão esquerda eu a puxei para um beijo, seus lábios tímidos encostando aos meus. Enquanto meu beijo era feroz e violento, o dela era cauteloso.

Sai de dentro de Carien para que pudéssemos nos reposicionar. As meninas, por mais que fossem inexperientes, beijaram-se em minha frente. Foi algo interessante, elas sorriram para si e depois me convidaram para desfrutar. Não sou inocente ao imaginar que elas nunca haviam se envolvido com outras mulheres, no entanto, o que se faz a luz de velas, não se faz a luz do sol.

Eu sentei ao tapete, Amelia engatinhou até mim e sentou em meu colo, suas coxas contornando a minha cintura. Ela retesou os músculos ao sentar, gemeu mordendo os lábios, o que atiçou o pior de mim, mas instantes depois ela começou a cavalgar. Um ritmo moderado e depois mais veloz. Seu ventre era quente e escorregadio.

A visão de Amelia por cima era um deleite para os meus olhos. Puxei Carien de encontro a Amelia, porém a menina tinha outros planos, sentou em meu rosto enquanto beijava Amelia. Por sorte, eu gosto do gosto. Minha língua não precisou de muito para inundar o que já estava encharcado.

Um dos muitos ensinamentos que o mar me trouxe é que tudo fica melhor quando está molhado.

Estava divertido, mas ainda não estava como eu gosto. Eu disse para mim mesmo que seria benevolente e que daria a Carien e Amelia mais um motivo para revirarem os olhos, antes de me satisfazer. Não demorou muito para que ambas se contorcessem em cima de mim. Eu amo o som que as mulheres fazem quando encontram o próprio paraíso.

Eu tirei as meninas de cima de mim. Elas se aninharam uma na outra, seus corpos nus reluzindo em meu tapete. Eu levanto, caminho alguns passos, me escoro na mesa, pondero se pego um charuto ou se tomo mais uma dose.

Elas me encaram, se perguntando o que estará a seguir. Eu fito o teto do meu quarto. Está tão sossegado que nem parece que estamos navegando.

- Meu senhor? - Amelia me chama atenção. - Como podemos melhor lhe servir? - A pergunta chega como um soar dos sinos angelicais. Eu as encaro, toda a benevolência se foi do meu olhar.

- Vocês podem começar a gritar. - Eu digo. O tom ameaçador não as faz tremer, não as fazem querer sair do quarto, nem ao menos as amedronta. Pelo contrário, parece que estão tão envolvidas com a cena, que querem explorar seus próprios limites. Carien passa a língua pelos lábios, Amelia concorda com um aceno de cabeça. 

Eu caminho até a minha cama e pego as minhas cordas.

Puxo Amelia pelos cabelos e a levo até minha cama, ela apenas geme. A amarro nos pilares, afasto seus joelhos e coloco uma almofada áspera em meio as suas pernas. Ela me encara erguendo uma sobrancelha.
- Se achar que não consegue continuar é só pedir pelo jantar. - Eu sussurro em seu ouvido, ela revira os olhos. - Mexa os quadris. - Eu digo em tom autoritário, ela obedece e só então compreende a função daquela almofada.

Os braços de Amelia estão imobilizados, e seu prazer está em seus movimentos contínuos, somados a privação de seus sentidos e claro, a visão que ela terá de mim e de Carien.

Eu caminho em direção a Carien.

- Carien, eu não vou ser gentil. - Eu digo, ela concorda. - Se quiser parar...
- Eu peço pelo jantar. - Ela diz me interrompendo. Eu estico a mão para ajudá-la a levantar. Assim que ela ergue sua mão e se apoia em mim eu prenso seu corpo na parede mais próxima. Ela cambaleia com os movimentos.
- Não me interrompa menina. - Eu digo. Ela começa a balbuciar um pedido de desculpas, eu retribuo com uma risada nasal. - Também não me peça desculpas.

Eu puxo suas coxas em volta da minha cintura e empurro para dentro, suas costas batendo de encontro as madeiras maciças do navio, seus cabelos caindo por seus ombros. Eu não sou cauteloso com os movimentos. Carien geme alto, Amelia também, não conseguindo desviar seus olhos de nós. Eu caminho com Carien no meu colo, a deito em minha mesa e empurro mais fundo. Ela sua, grita, se contorce, suplica por misericórdia, mas em nenhum momento pede pelo jantar.

Eu estoco com mais força até sentir que estou a enchendo com meu leite. Ela revira os olhos. Eu tiro e vejo escorrer por suas coxas. Ela desce seus dedos, brinca com nossos fluidos e depois coloca em sua boca, para tentar sentir meu gosto. Isso me provoca. Eu a pego pelos cabelos, a coloco de joelhos em minha frente e a faço secar com a língua.

Ela suga tudo, como a boa garota que é. Amelia está pendida nas cordas, completamente exausta e ofegante.

Foi uma brincadeira proveitosa. Acredito que elas vão querer ser tocadas por mim mais vezes. Afinal, é isso que faz uma transa ser memorável, querer sempre novas memórias.

Por hora, acredito que já posso pedir o jantar. 

Maré BaixaOnde histórias criam vida. Descubra agora