YAGO SALAZAR CAPÍTULO 3.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

YAGO SALAZAR CAPITULO 3.

No farol, doto da torre avistava as luzes do cargueiro se aproximando do porto, ali em pé eu tinha a visão privilegiada do canal. A noite estava fria, lá em baixo a água se agitava, pequenas ondas se quebravam na praia, nas rochas. 

O vento frio penetrava meu casaco encontrando meu corpo, os pelos da minha nuca se arrepiava e minhas mãos gelavam, buscando um pouco de conforto juntava minhas mãos soprando as mesmas com minha boca em seguida esfregando uma na outra, era um consolo temporário, mas eficaz.

Acostumado a escuridão nas vigias constantes no farol vi ao norte a água que geralmente era mansa se mover em grande proporção. Um porto é uma área abrigada das ondas e, correntes, precisa ser protegido dos ventos e, das grandes ondas com um bom acesso as estradas e ferrovias.

Temos aqui uma vasta rede ferroviária ligando o porto as outras regiões agrícolas e industriais permitindo assim o escoamento de diversos produtos a outras regiões e, ao mundo. O cargueiro que corta o canal nesse momento está chegando de uma longa viagem que fez a Angola. Levando uma grande carga de: açúcar refinado, farinha de milho, grãos, óleo, e uma grande quantidade de industrializados.

Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minero de ferro, possui também jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina. Depois de quase um ano de negociações, e paciência consegui fechar um contrato bilionário de importação desses minérios. Não preciso dizer que a carga que é transportada naquele navio é valiosa.

Busco o telefone no bolço e ligo para as sentinelas toca e, é como se o número não existisse porque ninguém atendi. Entro, me apresso, busco no rádio pelos guardas do cais, e mais uma vez completo silêncio, sem resposta, me soa o alerta de perigo.

O cargueiro estava cada vez mais próximo, ligo para Rômulo, que atende de imediato, esse nunca me falha por isso, é meu homem de maior confiança.-Senhor algum problema.-Sim algo pequeno se movimenta rápido a boreste. Chame todos para o convés, se preparem para um possível ataque. -Sim senhor.

Me movo rápido descendo as escadas pulando degraus buscando sair dali e evitar um ataque ao cargueiro. O motorista me vê e o motor do carro é ligado. -Para o cais. Digo, o carro em alta velocidade cruza a pequena faixa de areia, é o caminho mais curto e não posso perder tempo, abro o aplicativo, aperto o sinal de alerta no telefone para que todos os homens me sigam pelo rastreador, que venham ao meu chamado.

O porto de Araruna é considerado um dos melhores do país, e vai chegar o dia que estará em destaque como o primeiro de todo o Brasil. Para o bom desenvolvimento de um porto é indispensável a presença de profundos canais de água. Para o melhor desempenho e segurança dos barcos um grande quebra-mar foi efetuado.

Um porto implica muitas políticas como por exemplo, qualidade, ambiente, segurança e saúde no trabalho, de forma assegurar a plena satisfação do cliente. E o mais importante, prevenir e minimizar a poluição. Araruna é minha cidade, o porto é meu legado e, sempre estará em primeiro lugar na minha vida.

O cais é avistado e as luzes baixas estão todas apagadas. -Alguém dormiu em serviço. Digo descendo do carro arma em punho preparado para o que quer que esteja na penumbra. Meus homens encostam e um a um vão se armando e se espalhando entre os barcos atracados. Peço que façam silêncio e que só atirem quando tiverem o alvo na mira.

Caminho devagar até o primeiro sentinela e o mesmo está com o corpo curvado em cima do painel de controle. O empurro e verifico seu pulso não está morto apenas desmaiado. Vamos a procura dos outros quando tiros são ouvidos, procuramos abrigo, e nos localizar de onde vem os tiros.

Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora