YOLANDA CAPÍTULO 28.

1.3K 238 117
                                    

SEM REVISÃ, SEM CORREÇÃO.

YOLANDA 28.

Abri a porta do camarim me deparando com vasos de rosas vermelhas por todos os lados. Sibila não havia exagerado quando mencionou que eram muitas. As flores eram para Salomé, me aproximei de um dos vasos tocando as pétalas vermelhas acetinadas, uma pontinha de ciúmes irrompeu meu coração. -Desejaria que fossem para mim. Sussurrei segurando uma das rosas tocando meus lábios delicadamente nela.

Havia passado o dia distraída, chateada por ter sido ignorada por ele no café da manhã, quando ele retornou à noite para jantar com Edu como havia prometido, não foi diferente. 

Eu estava na cozinha com Adele dizendo a ela que aquela noite sairia e voltaria tarde, quando ouvimos passos na entrada principal da casa. O som grave da voz de Yago Salazar respondendo o boa noite de Gaspar anunciou sua chegada. Senti ansiedade para velo, curiosidade para saber se continuaria me ignorando, uma dorzinha gostosa na boca do meu estomago se manifestou. Adele olhou sorrindo como se visse o mar de sentimentos e pensamentos que me atropelava.

Que? -Nada, eu não disse nada. -Mas pensou? Falei pegando uma maçã um guardanapo de papel para lustrar a fruta. -Deixe a pobre fruta em paz! Ela está tão, ou mais brilhante que seus olhos. Vá buscar Eduardo para jantar ou chegará atrasada ao seu compromisso. 

Falou Adele passando por mim indo levar a travessa de bifes acebolados na mesa do jantar. Ela estava certa a fruta estava um espetáculo, Gaspar já as havia lavado e lustrado para que ficassem lindas na fruteira, devolvi a fruta em seu lugar. 

Subi para o quarto de Edu não o encontrando, olhei no banheiro, no closet e ele não estava. Sai do quarto encontrando Gaspar com vários ternos sobre o braço subindo as escadas.

Gaspar, Edu não está no quarto dele sabe onde posso encontrá-lo?  Gaspar olhou para o corredor que ficava a sua esquerda, acompanhei seus olhos. Yago Salazar apareceu no corredor saindo de um dos quartos com Eduardo ao seu lado. Muito perfumado, extremamente lindo naqueles ternos negros que usava diariamente que os deixava arrebatador, suspirei.

-Yola! Gritou Eduardo correndo na minha direção me agarrando na cintura, quase me derrubando. Sua euforia despertou a atenção do homem de negro que me mirou friamente. Passou por mim, me ignorou outra vez deixando um rastro gelado no caminho.

-A mesa está posta senhor, Adele os espera para jantar. Falou Gaspar parando ao seu lado, respondeu gentil que estavam indo.

O homem que tinha se aproximado do meu corpo a noite passada estava se afastando. O calor que eu tinha conhecido no seu olhar, no seu toque, no seu beijo, se apagou voltando a ser inverno rigoroso outra vez. Meu peito se apertou, instintivamente apertei Edu buscando nele todo seu carinho, encontrando um pouquinho de calor em seus pequenos braços.  

-Eduardo vamos, ou Adele terá que esquentar a comida. Disse ele estendendo a mão para meu pequenino. Onde estava as iris negras, brilhantes que eu admirava, mirei sua face não as encontrando, estavam imersas no vazio, no frio, me olhando com indiferença.

Não se abale Yolanda! Supliquei a mim mesma, mantê-lo longe é o correto, pensava, não seria fácil e eu estava sentindo na pele o poder que o, não, havia resultado. Paixão! A agonia que eu estava sentindo com seu desprezo era porque estava apaixonada por aquele homem.

Mesmo estando afogada em sentimentos eu precisava dar atenção a Eduardo, falei.

-Precisa lavar as mãos para jantar. Ele se soltou da minha cintura mostrando as duas mãos.

-Eu já lavei, estão limpas e cheirosas. Pegou minha mão e saiu me puxando para a escada onde o pai estava parado o esperando. Estava meia perdida sem saber o que fazer, desci as escadas com ele e o homem a nossa frente. Puxei a cadeira para que se sentasse, servi um pedaço de bife e uma porção de batatas fritas que Adele preparou apenas para ele.

Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora