SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.
YOLANDA CAPÍTULO 20.
Primavera, estação das flores deixando os campos os bosques floridos e perfumados. Verão, vem a nossa mente o sol, calor, banho de mar refrescos gelados comidas leves e saudáveis. Outono, preparação para última estação, amarelamento das folhas, na sequência a queda das mesmas, tardes frias, por último, o inverno.
Quando um indevido diz gostar do inverno á sempre alguém por perto para dizer que esse ser está louco. Para mim por exemplo o inverno significava ficar em casa, não sair à noite para dançar na praia, usar quase um kilo de roupas a mais, orar e pedir a Deus coragem para colocar a mão na água fria ou, tomar banho.
O inverno gritou com sua voz poderosa, me desequilibrei e fui segurada pelo mesmo, suas mãos quentes em contato com minha pele fizeram arrepiar todo meu corpo. O sol, o calor escaldante não foi capaz de me aquecer naquele instante, eu senti frio. Paralisei como se estivesse em meio uma grande geada minha mente e meu corpo invernaram se protegendo da forte nevasca que estava por vir.
Se eu falasse em meio a todo o nervosismo que me acometia eu seria descoberta, meu sotaque estrangeiro me denunciaria. -Quem é você? Perguntou pela segunda vez, olhos negros perturbadores focados sobre os meus. A criança disse a ele quem eu era, devia ser o suficiente para ele, sua respiração estava como se estivesse corrido quilômetros, seus olhos deixaram os meus e passearam meu corpo quase nu. Eu precisava me soltar dele, mas não conseguia me mexer, eu sonhava com aquele homem, eu estava em seus braços, sentindo seu corpo tendo seu olhar sobre mim, proibido.
Ele me era proibido, inalcançável, não podia correr o risco de ser descoberta, o que faria sem a proteção do senhor Alejandro, ele nem ao menos estava na cidade. Levando minha mão direita sobre meu rosto, respirei devagar eu precisava me acalmar não podia fugir como fiz no Dama da Noite. -Sou... a... babá. Respondi devagar me soltando de seus braços longos rodeados em minha cintura, sem movimentos bruscos me afastei dando as costas a ele me abaixando na frente da criança. Meu corpo sofria espasmos, uma sensação gostosa mais perigosa de calor e frio.
-Já nos divertimos, é hora de voltar para casa. Falei calmamente ao pequeno que fez uma cara de quem queria ficar mais e, eu estava sendo uma chata estraga prazeres, prometi a ele que voltaríamos um outro dia. Olhei de soslaio o homem vestindo roupas sociais próximo a nós e o mesmo estava como se estivesse hipnotizado, nos encarava analisava.
Ele não parava de nos olhares eu estava como vara verde tremendo por dentro e por fora e não era de frio, Edu pedia para ficarmos mais. Ele se aproximou colocando o palito sobre meus ombros respirei fundo, me afastando do seu gesto gentil dizendo.-Não... precisa. Falei calma, mas Deus era testemunha do caos que eu estava.
-Por favor Yola só mais um pouquinho. Pediu fazendo gesto com sua pequena mão juntando o polegar e o indicador para que eu visse que seria só um pouquinho. Ele continuava nos observando.
-Está tremendo. Disse ele, sim eu estava, mas não era frio e sim por telo tão perto tão acessível, amável, completamente diferente do homem rude e truculento da primeira vez. A conversa que tive com senhor Alejandro me bagunçou a mente se encaixava perfeitamente sobre a descrição e o exemplo que usou para falar do filho. Ele era como o verão, mas os anos o tornou inverno, pensei. Em seguida as palavras de sibila me trazia a realidade, ele comparava todas as mulheres com a esposa traidora, éramos serpentes aos seus olhos e se não bastasse ainda vim clandestinamente de outro país no seu navio. E o menino porque ele era tão distante do menino, chegaria na mansão e perguntaria para Adele.
-Yolanda o nome dela é Yolanda. Estava tão atordoada que não o ouvi me chamar e o pequeno dizia a ele meu nome. -Yolanda, se sente bem? Meu Deus, ele disse meu nome, a voz perturbadoramente linda me fez engolir seco. Claro que não, eu, não estava bem, queria chorar de nervoso, e se ele perguntasse o porquê do choro eu não saberia o que falar.
Uma pessoa normal, em um dia maravilhoso, na praia, em ótima companhia choraria por qual motivo. Respirar, eu tinha que focar na minha respiração para me acalmar e sair dali. Minhas pernas estavam pesadas, minha mente lerda, e meus olhos, meus olhos o buscava incessantemente, e, encontrava os dele pragmáticos sabendo o que queria, objetivos, meu corpo era o objetivo dele.
Peguei o vestido ainda molhado pela água do mar, com um pouco de dificuldade consegui vesti-lo sobre o olhar da figura alta e nada discreta a minha frente. Minha mente gritava para que eu fosse mais ágil e caísse logo fora dali. Juntei nossos pertences devolvi o guarda sol que havia alugado peguei a mão do pequeno e caminhei para o calçadão, mirei o calçadão, mais precisamente onde havia deixado a bicicleta. Eduardo resmungava que queria ficar mais, que ainda queria nadar e, eu não podia culpá-lo o dia estava lindo a água fresca e deliciosa.
-Tchal. Ele se despediu da figura imponente marcante vestida de negro sobre o sol, eu fuji do seu escrutínio sem me despedir. Preocupada e curiosa se ele estava no mesmo lugar nos observando virei meu rosto os cabelos bagunçando no vento se secando ao ar livre cobriu minha face soltei a mão de Edu pegando meus fios rebeldes para prende-los em um coque.
O pequeno se soltou da minha mão correndo em direção ao mar, soltei a sacola corri gritando para ele voltar que era perigoso. Uma onda grande quebrou sobre ele o arrastando mar a dentro, senti um vento rápido passando a minha frente se jogando na água. O choro que estava preso a minha garganta minutos atrás veio a tona rompendo em desespero.
Eu não o enxergava, avancei mar a dentro, a água molhou meu corpo da cintura para baixo meus olhos se iluminaram, meu coração retumbou cheio de esperança com a visão do pai abraçado com seu filho. O homem frio e distante que não respondeu o simples tchau do pequeno na nossa despedida se lançou ao mar sem pensar duas vezes para salvá-lo de morrer afogado.
Em meio aquele alvoroço, pessoas se aproximando por conta dos gritos que saíram da minha garganta em aflição, me esqueci dos motivos que precisava fugir-me esqueci de quem eu era, de quem era ele, simplesmente os abracei._Yola.A voz doce me chamou, o choro veio emocionado.
Meus braços quentes pelos raios do sol os abraçaram forte, os envolvendo com carinho, querendo protege-los, sol quentinho numa manhã de inverno, se infiltrando sobre a geada da madrugada a fazendo derreter devagarinho. Eu e Eduardo era sol e ,ele nossa geada numa fria e longa manhã de inverno.
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Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.
RomanceO SENHOR DE ARARUNA É UM HOMEM SOLITÁRIO,FRIO,DESCONFIADO,AMARGO,MAS NO PASSADO ELE JÁ FOI UM HOMEM FELIZ APAIXONADO,MAS FOI TRAÍDO DE FORMA VIL PELA ESPOSA QUE ELE TANTO AMAVA O FAZENDO DUVIDAR ATÉ MESMO QUE A CRIANÇA QUE CARREGA SEU SOBRENOME TE...