YAGO CAPÍTULO 14.

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SEM REVISÃO E CONTÉM ERROS.

YAGO CAPÍTULO 14.


Fuga, em meio aquele turbilhão de sensações que aquele corpo transmitia, eu buscava uma rota de fuga, fugir do que me atormentava, do que podia me ferir, tinha se tornado comum, rotina.

Quem era eu, eu já não sabia, mas a serpente me despertava para algo que eu não queria, não aceitava, não permitia. Eu senti meu corpo estremecer por aquela estranha, eu me vi querendo aquele corpo. 

Me afoguei em confusão, porque ela, antes eu não fazia ideia de onde encontrá-la a não ser sobre a luz da lua na praia, quem era, de onde vinha, e esse mistério que envolvia sua identidade me instigava, mas agora eu sei, ela é uma puta, eu repudio esse tipo de mulher são interesseiras se deitam com quem pagar mais, e mesmo a vendo se mostrar ,se insinuar a uma multidão de homens minha mente e meu corpo continuam embriagados por ela.

Sai em passos largos como um lunático, estava tão fora de mim que não percebi a puta segurar meu palitó. Eu parei e busquei por ar, puxei uma lufada de ar, fitei aquele ser ao meu lado segurando a minha roupa. Tirei sua mão de mim bruscamente me aproximei como um vento forte sobre ela, meus braços foram de encontro a parede a criatura ficou presa entre eles, rosnei.

-Quem autorizou me tocar? Perguntei, seus olhos se abriram espantados, ousou me perguntar.

-Pensei que queria um pouco de diversão. -Se eu quisesse, não estaria buscando a saída e sim enfiado em algum desses quartos cheios de pulgas, agora pare de desperdiçar meu tempo e suma da minha frente, ramera.

Levantei meu braço direito e ela saiu desgostosa, entrei no meu carro e me fui daquele lugar. Eu precisava de um lugar que me desse um pouco de paz precisava pensar, no automático fui levado a praia, estacionei na praia do farol sai correndo do carro puxei o ar fresco da madrugada.



Meus pulmões foram preenchidos com o cheiro da maresia meu corpo se recapacitava da dança, do corpo malemolente.

Me sentia horrorizado por ter deixado aquela mulher tomar meus pensamentos, se instalar na minha mente, me cegando. Eu não podia permitir, tinha consciência que se deixasse ela ficar na minha mente estaria a um passo do abismo, mais uma vez.

Porque era isso que as serpentes traiçoeiras fazem, enfeitiçam suas presas e as arrastam levando para as profundezas depois que pegam o que quer. Eu sai do abismo, mas a escuridão da solidão fria ainda abita em mim, como uma proteção, uma camuflagem. Essa, essa, Salomé me desestabiliza me perturba, eu quero fugir, ela me puxa, eu a quero longe e ao mesmo tempo desejo vê-la nessa areia dançando sobre o luar.

Eu tinha fugido, eu estava fora daquele antro, mas as lembranças de vê-la tão perto não me deixavam em paz, eu não queria pensar, mas, era impossível. A solidão de anos na qual me protegi estava um passo de se romper.

A anos eu não sabia o que era um abraço, um beijo, um corpo quente sobre o meu, a textura de uma pele que não fosse a minha, que angustia terrível, meus pensamentos me traem e eu a quero. Eu era um desgraçado, carente, mas medroso, o medo de ser quebrado, traído, humilhado eram maiores, que as necessidades do meu corpo.

Antes de vê-la tudo estava na perfeita ordem tudo a minha volta seguia seu curso, mas aquela cobra apareceu alterando até mesmo meu comportamento, meus pensamentos, eu a odeio, pensava.

Ela não vai me manipular, não vou deixar, não permitirei eu a pegarei pela cabeça e a deceparei, ela não vai me controlar não me tornarei seu fantoche, a manterei debaixo dos meus pés, se ela conseguir sobreviver a raiva o ódio que sinto dela de ter me enfeitiçado.

Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora