YAGO CAPÍTULO 38.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

YAGO 38.

Os portões da mansão se abriram, o motorista contornou a fonte, pedi que parasse. De dentro do carro avistei Yolanda abraçada com Eduardo. Estavam na sacada do seu quarto, ele sentado na balaustrada, as pernas penduradas, balançando levemente. Yolanda se mantinha a suas costas, seus braços entrelaçados no seu pequeno corpo.

Uma cena bonita cheia de amor que ficaria para sempre nos meus pensamentos, sua cabecinha descansava no peito dela, conversavam, ele apontava as estrelas. Desci do carro, o céu estava lindo banhado de estrelas. Não me lembrava se quer do dia quando parei para apreciar o céu por alguns segundos se quer, me aproximei lentamente por debaixo das arvores. 

Ela lhe contava uma história: que a lua era a mãe das estrelas, que as mesmas brilhavam porque a lua vivia sorrindo para elas.  Que o sol era o papai: eles não se encontravam, mas ele as amava. Então ele disse: -Yola um dia eu também vou encontrar o meu papai. A pergunta me pegou de surpresa, acredito que Yolanda também. Que resposta ela daria para ele? Ele esperava por uma?

Ela o tirou da balaustrada e disse: -Hoje quando for dormir, peça para o papai do céu trazer o seu papai pra você. Eu acho que você vai encontrar o seu papai sim, você é uma criança adorável. - Você também é adorável Yola, e eu te amo.

Entrei na casa pela porta lateral, encontrei meu pai, Ceiça e Gaspar, meu pai estava nervoso reclamando de algo que havia acontecido e não podia se repetir. Eu queria subir para ver Eduardo e Yolanda, mas o assunto parecia sério demais me fiz notar.

-Pai o que está acontecendo? Meu pai empalideceu ao me ver, Gaspar segurava uma caixa. Ninguém me respondeu, todos me olhavam pensando se contava ou não o que havia. - Pai eu fiz uma pergunta. Gaspar, se meu pai não vai me responder diga você.

Gaspar o olhou como se pedisse autorização, então disse: Hoje durante a tarde alguém jogou esse boneco com a face queimada faltando um dos braços, no jardim da mansão. - Os guardas não viram quem foi? E as cameras de segurança, já olharam as cameras?

-Nas camera mostra um dos guardas colocando a caixa no gramado. Disse meu pai com um olhar perturbador. -Procuramos ele entre os funcionários e ninguém nunca o viu. Falou Gaspar temeroso da situação.

-Como um estranho entra na casa e ninguém se dá conta de ao menos perguntar, nada? -Eles estão sempre mudando seus horários Yago, são muitos. Fala meu pai se sentando. - De uma coisa tenho certeza foi proposital era justo no horário que Eduardo sai para brincar.

-Ele viu? Yolanda viu? Perguntei. - Sim, ficou assustado o pobrezinho, Yolanda ficou horrorizada. Contou Ceiça penalizada. -Dobraremos a quantidade de, cameras e guardas até descobrirmos quem planejou essa maldade. Já discuti sobre isso com Gaspar, será providenciado filho.- Irei velo depois conversaremos mais.

Subi as escadas rapidamente, em segundos estava empurrando a porta do quarto do pequenino. O encontrei deitado dormindo ao lado de Yolanda, quando os vi meu coração tocou uma sinfonia. O sorriso mais lindo, e mais doce me foi dado, lhe dei uma piscadela, me aproximei perguntei como ele estava. - Já deve estar inteirado do que aconteceu?

-Sim encontrei todos na sala discutindo o ocorrido. - Eu juro que se pudesse adivinhar que ele passaria por isso hoje, eu teria evitado. - Não se martirize, o importante é que estava lá para ele se confortar nos seus braços. - Não pude evitar que ele visse, ele ficou muito assustado, depois teve dó do boneco desfigurado. foi difícil o fazer esquecer da maldade com o boneco.

-Meu menino tem um coração bondoso. - Sim do tamanho do mundo, vou descer para falar com a senhora Ceiça. Adele já veio antes me avisar, fica aí mais um pouquinho com ele, depois nos encontramos no jardim.

-Eu não vou ganhar nem um beijinho?  Ela beijou a testa do meu filho, se levantou, com cuidado para não o acordar, tomei seu lugar, antes a puxei devagar, e a beijei, Yolanda suspirou, a beijei outra vez e a soltei para que fosse ter com Ceiça. Os preparativos do casamento estavam de vento em popa, Ceiça dizia que seria algo para nunca esquecer. Yolanda não queria um casamento ostentoso, preferia algo singelo. Ceiça cumpriria o seu desejo, não seria ostentoso, mais sim deslumbrante, como a ocasião pedia. Ela saiu e eu me deitei ao lado do pequenino.

PESADELO DE EDUARDO. 

Ajoelhado sobre o tapete felpudo orava ao papai do céu para que mandasse um papai para ele. Pedia com toda a simplicidade e inocência de um anjo. Disse amém terminando sua oração, se deitou e um vulto negro aproximou da sua cabeceira sussurrando friamente que ele não tinha pai, que seu papai estava morto. Seus pequenos olhos escuros se encheram de lágrimas, sua face se contorceu de pavor quando o vulto retirou seu manto mostrando seu rosto deformado. Abriu sua boca lhe mostrando dentes enormes e podres. O tocando com suas garras enormes o monstro disse que o levaria com ele.

Yago.

Velava o sono de Eduardo e de repente o pequeno se pôs a gemer baixinho, entre os gemidos suor brotava em sua testa e logo seu pijama também se mostrava húmido. Se remexia e se contorcia freneticamente, o chamei e ele não despertava.

O balancei, eu precisava tirá-lo daquela agonia, eu via que sofria, ele chorava e gemia desesperado, preso em algum pesadelo assustador. O puxei para o meu colo falei.

-Acorde pequenino, o papai está aqui, pertinho de você, não deixarei que o levem. Acorde meu filho é so um pesadelo, não é real, acorde meu menino amanhã será um dia diferente nas nossas vidas. Eu estarei com você, você estará comigo velejaremos no mar azul só eu e você acorde por favor. Um grito expeliu da sua boca e ele acordou banhado de suor.

Eu o abracei tão forte, que senti o desespero do seu pequeno coração. Enchi sua face de beijos, ele estava amedrontado, depois o aconcheguei no meu peito. - Eu estou com medo! O abracei apertado falei: -O que pediu para o papai do céu Eduardo? - Pedi que mandasse meu papai para mim. Se eu tiver um papai o monstro não vai me levar com ele. -Eu sou o seu pai Eduardo, e monstro nem um te levará, eu não vou deixar.

- Você é o meu pai? - Eu sou, me desculpe por não ter te contado antes. Se afastou se sentando na cama me olhando curioso. - O meu avô Alejandro sabe? - Seu avô Alejandro é meu pai.

-Você também não sabia que ele era seu pai? - Ele sabia. -Eu nunca ouvi você chamar ele de pai?

-Eu o chamo, é que você nunca esteve por perto para ouvir. - Está chateado em saber que sou seu pai? - Não é legal saber, eu pedi um pai ao papai do céu, e você está aqui, ainda mais agora que somos amigos, não é? Sabia que eu vou fazer seis anos? -Sim e pode pedir o presente que quiser. - Eu quero um gato. Crianças, quem poderia entende-las, é como um vento, girando por todos os lados, sem parada.

Agorinha mesmo acordava aos gritos, ficou feliz por ter sido atendido pelo papai do céu e não perdeu a oportunidade para ganhar seu primeiro presente.

Agorinha mesmo acordava aos gritos, ficou feliz por ter sido atendido pelo papai do céu e não perdeu a oportunidade para ganhar seu primeiro presente

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Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora