YAGO SALAZAR CAPÍTULO 33.

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SEM CORREÇÃO, CONTÉM ERROS.

YAGO 33.


Soltava o nó da gravata quando ouvi o trinco da porta se movendo e a mesma se abrir. Gaspar apontou na entrada com suas vestimentas impecáveis.  Alarguei a gravata retirando a em seguida, fiz a mesma coisa com o paletó, Gaspar pegou as peças levando as para o closet. 

Soltei os dois primeiros botões da camisa Gaspar retornou ao quarto dizendo: -Aceita um chá, um café, uma bebida senhor? -Não quero nada Gaspar obrigado, pode se retirar. -Um boa noite senhor! -Que assim seja para todos nós Gaspar?

-Assim será, todos trabalharam com excelência para ficar tudo perfeito como o senhor desejava.

-Estava tudo perfeito, obrigado por sua dedicação com nossa família. - Não tem que me agradecer eu amo o que faço! - É exatamente esse amor que agradeço: sua dedicação ao meu pai, seu carinho e paciência com Eduardo. Está aposentado e mesmo assim continua aqui em vez de estar descansando aproveitando suas férias.

-Não me vejo de calção tomando sol na praia! -Não precisa ser exatamente de calção, eu mesmo já fui de terno e sapatos. Ele sorriu, olhei no relógio dando me conta que havia dado tempo suficiente para Yolanda ter se acalmado. 

Pedi para Gaspar ir se deitar, mas o mesmo respondeu que faltava algumas ordens para ser distribuídas que a noite só se encerraria quando o chá do meu pai e Ceiça eram entregues em sua suíte.  

Acompanhei Gaspar para fora do quarto, déssemos as escadas conversando ele me contava como Eduardo subia aquelas escadas correndo, brincando de pega-pega com a babá. -Essa casa se encheu de vida com a chegada daquela moça! Disse Gaspar com carinho. - Ela encantou a todos! Respondi, o olhando rapidamente precisava prestar atenção nos degraus.

Gaspar me lançou um sorriso mudo, sumiu pelo corredor fiquei na sala à espera da bela dançarina. Gaspar retornou junto a mim já com sua bandeja e as xícaras de chá, junto a ele Adele: -Senhor um dos guardas pediu para informá-lo que a babá saiu correndo da casa parecia chorar. Disse a cozinheira claramente preocupada.

-Quer que eu mande um dos guardas a procura dela senhor? -Não Gaspar deixe, eu sei onde encontrá-la. - O amor está por todos os lados dessa casa! - Adele não seja indiscreta!

-Desculpe senhor! -Deixe-a Gaspar não é segredo que estou encantado pela babá! Me sentei no sofá para retirar os sapatos e as meias, dessa vez iria preparado. Adele girou o corpo e fez uma espécie de bico para Gaspar que revirou os olhos e foi servir meu pai. Adele também desapareceu do meu campo de visão, dobrei as barras das minhas calças até a canela e fui atrás da fujona arisca.

Eu não esperava essa atitude de Yolanda creia que ela fosse até mim. Ela ter fugido me desagradava um pouco. A encontrei não foi difícil afinal seus passos, por onde andava e se refugiava ja era de meu conhecimento. Quando a chamei ela se assustou estava sentada na areia de frente para o mar, não estava dançando. O que será que pensava ali tão só?

Passando pelo pequeno trio que dava acesso à praia pensava e me perguntava quem era aquele Yago que andava descalço a procura de uma mulher? Eu não era mais eu? Aquele Yago recluso, silencioso, distante da família estava se desprendendo, indo embora, um novo Yago cheio de atitudes loucas, jogadas arriscadas, nascia corajoso, liberto de um passado triste e humilhante.

Essa noite ficará guardada na minha memória como o dia do meu renascimento. O passado será lembrado e falado uma última vez nesta noite. A partir de hoje pretendo e quero escrever novos capítulos na minha vida. Não quero mais sofrer por excesso de passado. É claro que não vou apagá-lo das minhas memórias não seria possível, as cicatrizes foram profundas. Antes elas doíam porque vivia apegados nelas como punição pela minha ingenuidade. Hoje elas não doem mais, são apenas lembretes. E aquela mulher linda logo ali debaixo da luz do luar é a grande responsável por eu estar renascendo hoje. Em meio toda a escuridão da noite busquei pelos olhos dela os encontrei espantados ao me ver ali. Com um simples olhar lhe demonstrei desagrado deixando a saber que não gostei que fugiu, tínhamos um combinado! Caminhei até ela sobre a areia fina meu olhar seguia firme e forte sem desviar. O vento soprava forte, as ondas ese agitavam mar a dentro. Abaixou seu olhar se escondendo do meu escrutínio, queria seus olhos no meu não queria que recuasse então levantei seu queixo com meu polegar. Perguntei a ela porque fugiu, ela sabia que esperaria o tempo dela, mas depois que soube que se foi não pude esperar que voltasse então vim a so seu encontro. Sabia exatamente onde procurar. Ela como sempre arisca que só ao invés de me responder me fez outra pergunta. Queria saber como a encontrei, lhe respondi com meia verdade que não era apenas coincidência eu estar no bordel quando se apresentava. Quando estava ao meu lado suas respostas ou perguntas eram curtas e rápidas para esconder seu sotaque charmoso. Mas aquela noite ela estava para conversa e, não escondeu sua voz bonita. Eu lhe dava a entender que fui ao bordel por sua causa apenas por ela, mas a mesma estava decidida a não enxergar. Dizia que tinha ido por diversão que a estava enganando. -Você me enganou Yolanda? brincou comigo! Estamos aqui nesta noite negra de lua brilhante e mar revolto, frente a frente, sem mascaras. Achou que escaparia de mim? - Um dos guardas me viram e foi correndo te contar. - Não foi preciso, sabia exatamente onde estava, apenas lhe dei um pouco mais de tempo. Se afastou de mim do meu toque o vento soprava sobre seu corpo seu vestido fino me marcava sua silhueta perfeita para o meu deleite. Enquanto eu a admirava disse que não devia ter vindo, porque insistia perdendo meu tempo com ela, ainda ousou dizer que não me queria. Serpente tola! Se através daqueles olhos eu visse apenas frio e vazio, se quando me aproximasse do seu belo corpo ele não correspondesse eriçando toda sua pele eu lhe daria as costas e iria para sempre. Mas tudo que disse anteriormente acontece totalmente ao contrário. Seus olhos brilham pura paixão, seu corpo se eriça, arrepiando a pele em desejo flamejante, me quer tanto que posso sentir seu sangue correndo em suas veias acelerando seus batimentos. - Sua boca diz uma coisa, seus olhos seu corpo vão em direção contrária suas palavras. Quase posso tocar a atração entre nossos corpos, seu corpo quer o meu, o meu ferve pelo seu. Estamos apaixonados! Porque mente para si mesma? Você me quer? Eu a quero? Chega de mentiras estou rendido aos seus pés desprotegido, humildemente igual um passarinho sem proteção alguma esperando, querendo o bote da bela serpente. Se chateou em chamá-la de serpente, disse que não era, eu insisti dizendo que era minha serpente puxei pelo cotovelo meu corpo encontrando abrigo no seu falei que estava louco por ela. Que antes de dizer que a amava ela precisava confiar em mim e, me contar porque foge; se também me ama? Agarrou o colarinho da camisa com força afundando a face no meu peito a abracei forte seu corpo delicioso junto ao meu fez meu sangue correr nas veias como veneno deixando tudo em labaredas ardentes. Estávamos abraçados a algum tempo em total silencio, então resolvi quebrar aquele momento terno, pedindo que ela falasse algo, que não podia continuar calada que precisávamos conversar. Ela rompeu o silencio dizendo que a verdade lhe causava medo, que esse medo se estendia ao meu julgamento. Jurei que a ouviria sem julgá-la, que a verdade por mais que fosse dolorosa eu precisava ouvi-la, e que não dissesse mais que não me queria. Ouvir da pessoa que quer, que ama, que ela não te quer é como ser jogado no abismo, não quero sentir isso mais nem de brincadeira. -Eu o quero! O quero tanto que meu coração parece que vai se partir de tanto sentimento escondido, exprimido no meu peito. Ouvi-la dizer que me queria, em seguida ouvi-la gritar que está apaixonada me traz a luz, me puxa do abismo. Confessou que quando me viu pela primeira vez nunca mais deixei seus pensamentos. Era gostoso ouvir que ela pensava em mim todo instante, comigo não foi diferente, vocês sabem?

-Eu ia até lá só para vê-la, os ciúmes corriam no sangue igual veneno me enfurecia? - Eu via, sentia sua irá emanando do seu olhar. -Quando a vi na mansão senti um arrepio gostoso na minha espinha, me hipnotizou com seu olhar. A cada novo encontro me dava conta do óbvio? Não podia existir duas pessoas com o mesmo olhar, eu não estava louco! - Quando se deu conta que eu e Salomé éramos a mesma pessoa? - Acho que sempre soube, meu coração sabia antes mesmo de meus olhos enxergar a verdade. O dama da noite não foi o único palco que a vi dançar? - Não! Perguntou curiosa, em seguida confirmei que não. - Estava predestinado nosso encontro? Ela me olhou com tanto amor, seus olhos lacrimejaram emocionados, a trouxe pra mais perto, abraçando forte aquele corpo tão delicado que ansiava como um louco para telo só para mim. - Promete que vai me ouvir sem julgamento? -Eu prometo, mas antes quero que me acompanhe a um lugar especial. Lá teremos nossa conversa, depois que me contar porque foge, dividirei com você um segredo meu, mas esse, não envolve: mentiras, enganos, mascaras, é apenas delicioso, eu garanto?  Eu sabia por quais motivos Yolanda fugia do meu amor, mas queria ouvir da boca dela cada palavra. Construir com ela algo: limpo, bonito, sem rastros de mentiras. Também existia pontos da minha vida que queria dividir com ela, dizia respeito a Eduardo e qual seu papel na minha vida, que no momento que o sim fosse dado eu não iria para ela sozinho.

 Também existia pontos da minha vida que queria dividir com ela, dizia respeito a Eduardo e qual seu papel na minha vida, que no momento que o sim fosse dado eu não iria para ela sozinho

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Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora