YAGO SALAZAR CAPÍTULO 17.

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SEM CORREÇÃO, CONTÉM ERROS.

YAGO SALAZAR CAPÍTULO 17.

Ansiedade me fazia coçar as mãos, eu estava, agoniado, ela tinha simplesmente desaparecido, e com o seu sumiço a minha paz. Voltava todas as noites no mesmo lugar ansioso para admira-la, mas ela não comparecia, eu era fiel à sua espera as horas passavam, mas nada da misteriosa serpente, e novamente estava eu na solidão.

Na minha cabeça pensava eu que, até mesmo o mar, o luar, a faixa de areia sentiam a falta dela, meu Deus o que é isso que sinto que necessidade louca essa por uma estranha, não me reconheço, pensava enquanto voltava para o farol. Aparentemente eu estava ótimo, mas meus pensamentos e, meus olhos a procuravam na escuridão das noites do alto do farol, sua dança, seu corpo a luz do luar tinham se tornado essencial para minha vigília, será que ela está dançando em outra praia, será que tem outro admirador, minha mente não me da sossego.

Os dias foram se passando, ficando cada vez mais longos e com eles algo dentro de mim também crescia, chegava a me irritar, eu não admitia que a serpente me afetava, e seu sumiço me irava a alma.

E como sempre minha válvula de escape para me manter razoavelmente nos trilhos era o trabalho. Mas com o sumiço da serpente, meu trabalho não estava sendo o suficiente e no fim de todos os dias eu me encontrava amargurado. Atormentado e, num grau de ansiedade absurda, em meio todo esse caos a casa do meu pai estava se tornando um caminho rotineiro. O último lugar que eu queria estar, estava se tornando um porto seguro, e porque, porque aquela casa onde passei o pior momento da minha vida estava se tornando tão atraente para mim.

Eu descia do carro e os gritos da criança eram ouvidos, caminhava para dentro e, através das cortinas o observava em silêncio e, lá, na grama, de baixo do sol eu o avistava correndo, sempre acompanhado da jovem negra.

A brincadeira infantil, inocente de correr um atrás do outro era frequente entre eles, ela corre de um lado ao outro se esquivando das arvores fugindo das mãos pequenas para não a tocar. Ele corre atrás dela e quando se cansa se joga na grama em gargalhadas que saem facilmente da sua pequena boca. Ela o chama ele não respondeu pois precisa de ar, e então ela vai ao seu encontro se joga na grama se deitando ao seu lado e ele a toca, passando a vez de pegar para ela, ela o deixa ganhar, então a brincadeira muda para outra.

O pequeno passarinho enfeitiçado pela serpente, ela se esconde e ele a procura incansavelmente e, quando a encontra ela o abraça, o prendendo nela, ele se agarra nela com confiança, seu toque nos cabelos dele são suaves, delicados. Enquanto os observo sou surpreendido por Gaspar, não fujo do meu ato e ainda com os olhos sobre a dupla no jardim pergunto a Gaspar sobre meu pai e Ceiça. Os dois ultimamente andam fugindo de mim.

-Gaspar diga a meu pai e Ceiça que uma hora ou outra terão que me encarar face a face, que já estão bem grandinhos para brincarem de escondi, escondi, diga a eles que deixem essa brincadeira para o neto. -Eu direi senhor, mais alguma coisa senhor.  -A nova babá, de onde veio, qual o nome dela?

-Dona Ceiça a contratou Senhor, o nome dela é Yolanda Senhor. Me despedi de Gaspar e deixei a casa. Antes nunca sentia curiosidade sobre o que acontecia no seu dia ou o que ele fazia, quem lhe fazia companhia. Hoje me vejo tentado, curioso a cada pequeno passo seu. Com essa nova babá ele está sempre a sorrir, não importa o horário o dia, ele está feliz.

Ela por sua vez está sempre devolvendo os sorrisos que ele a oferece, porque ele se sente tão bem ao lado dela, as ex funcionárias não corriam com ele pelo jardim, nunca o ouvi gargalhar antes.

Ela por sua vez está sempre devolvendo os sorrisos que ele a oferece, porque ele se sente tão bem ao lado dela, as ex funcionárias não corriam com ele pelo jardim, nunca o ouvi gargalhar antes

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Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora