YAGO SALAZAR CAPÍTULO 21.

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CONTÉM ERROS SEM REVISÃO.

YAGO SALAZAR CAPÍTULO 21.

Eu os olhava se distanciando, indo embora e, de repente sem mais e nem menos ele saiu correndo em direção a água ela se pôs a gritar. Sua dança havia me provocado um turbilhão de sentimentos eu ainda estava sofre o efeito do seu feitiço, mas o mesmo foi quebrado no instante que a criatura foi tragada pela onda, a quase tragédia me fez esquecer o que tinha visto e, os motivos que me levaram até eles.

Não hesitei, seu corpo sumiu na água, algo profundo sem explicação inundou meu peito, eu corri me lançando na água eu só pensava em tirá-lo de lá, eu consegui, os raios do sol me deram a direção a água estava clara, límpida, fui rápido. Ele tinha sido arrastado para uma vala em meio dois bancos de areia o peguei pelo braço o puxando forte, o pior foi evitado.

Ele se agarrou em mim tentando subir para buscar o ar, emergimos, ele tossiu e o pavor que se abateu no meu peito sossegou-se, pavor se tornou calmaria. A jovem babá Yolanda estava em pranto, mas quando nos viu sua face era de alívio.

Quando me aproximei da bela jovem com a criança pensei que ela o tomaria dos meus braços, mas não fez, ela simplesmente nos abraçou, nos puxando de encontro seu peito, a criança a chamou, e o abraço se tornou mais apertado.

Ela era de poucas palavras, minutos antes do ocorrido com o garoto eu percebi seu desconforto, ela queria fugir do meu escrutínio. Ela queria se afastar do meu olhar, e quanto mais ela se esforçava, mas eu a queria sobre o meu olhar. Meu corpo estremecia de baixo dos tecidos que o guardava, minha pele tremia desejo pungente me perfurando de dentro para fora. Nunca uma mulher que eu mal conhecia tinha esse poder sobre mim, eu sempre as ignorei e essa garota me tem amarrado.

Os curiosos foram se aglomerando na faixa de areia, ouvia os comentários. -É o senhor Yago. Disse um homem a outro. -O que ele faz no mar vestido. Falou uma mulher. -Quem é a jovem e aquela criança? Ignorei todos a nossa volta sem dar explicações, a chamei. Sempre detestei a curiosidade das pessoas pela minha pessoa, eles me olhavam como se visse um alienígena, como se eu tivesse mais do que uma cabeça no meu pescoço.

-Yolanda, vamos. Ela levantou a cabeça me mirou com uma intensidade palpável, disse. -Obrigado. Devolvi o olhar na mesma medida, dizendo. -Vou levá-los para casa, estamos chamando muita atenção aqui. Ela se virou, olhando os curiosos se dando conta que todos a estava vendo abraçada a mim retirando a mão em seguida. Parecia desconcertada, deslocada, perdida.

-É melhor irmos logo. Se afastou, senti falta dos seus braços envoltos ao meu corpo, a criança estava quieta assustada com o ocorrido. -Se quiser me dar o Edu eu... -Não, eu o levo. A interrompi, seu olhar a mim foi enigmático, ela passou a mão nos cabelos molhados dele falou. -Que susto me deu pequenino. Falou baixo, murmurante, será que ela sabia das dúvidas que eu tinha em relação a pequena criatura, ou ela pensava como meu pai que não tinha dúvidas quanto a paternidade.

Enquanto caminhávamos pensava na angustia, no pavor que senti quando a onda o apanhou, no mesmo instante me veio o medo de não o encontrar com vida, por instinto ou apenas para senti-lo presente ali, minha mão esquerda circulou suas costas pequenas o sol nos cobria com seus raios quente, mas sua pele estava fria, os braços curtos dele apertaram meu pescoço se encolhendo buscando abrigo. Meu coração acelerou, um nó gigante formando em minha garganta, me senti sufocar, uma dor real rasgando meu peito. Fugir não era mais o caminho, eu precisava enfrentar o presente, esquecer o passado e abrir caminho para o futuro. 

O mal-estar que sentia apenas com a presença dele estava ficando para trás se distanciando como o mar as nossas costas, dando lugar a um sentimento estranho ainda desconhecido dos meus pensamentos, do meu peito. A garota se distanciou pensei que me deixaria com o menino, mas ela só tinha ido pegar a sacola que carregava antes que, no susto, derrubou na faixa de areia e junto com a sacola também apanhou meu palito.

Nos aproximamos do carro abri a porta ela entrou se acomodando no banco do carona, olhar desconfiado, dei o menino para ela que dormia cansado, ela pegou uma toalha na sacola o cobriu, nossos olhares se encontrando novamente, mas ela insistia em fugir, tentava me ignorar se ocupando do menino. Eu estava todo molhado entrei no carro os sapatos encharcados de água e areia, não estava me importando com nada eu só queria levá-los para casa.

Dirigi até a mansão com ela ao meu lado, o percurso foi curto, seus olhos me buscavam, eu os sentia sobre mim e quando eu tentava devolver ela insistia na fuga. Na mansão o carro parou e ela não esperou pela minha ajuda abriu a porta do carro ajeitou o menino em seus braços seguiu para a porta. Foi recebida por Gaspar e assim que o viu foi contando o ocorrido, falava rápido percebi um sotaque diferente me aproximei, ela percebeu minha presença e se calou Gaspar veio até mim agradecendo por eu estar lá que a babá não sabia nadar.

-Ela não sabe nadar, então porque ela foi para a praia com uma criança pequena se não sabe nadar. -Não foi com mal intenção senhor, ela só queria proporcionar um dia diferente na vida do pequeno Eduardo. -Por pouco ele não morreu afogado, as vezes mais razão e menos sentimentalismo pode salvar vidas, Gaspar.

Subi as escadas louco para confrontá-la da imprudência que fez, empurrei a porta do quarto ouvi vozes vindo do banheiro. -Você não devia ter feito o que fez, eu disse que era perigoso que somente com um adulto poderia entrar na água, e somente no rasinho, sabe que não sei nadar. Se estivéssemos sozinhos como seria, eu perderia você, e você me perderia. Não foi você que jurou de dedinho que seria meu amigo para sempre._Sim,me desculpa. prometo de dedinho que nunca mais faço de novo. Abri a porta do banheiro ele estava dentro da banheira e ela sentada na borda o ensaboando.

Eu queria discutir, brigar com ela, mas não consegui, confundiria a criança, então só os olhei, se assustaram em me ver ali, conversavam com cumplicidade, virei as costas e os deixei em paz. Eles estavam em paz, mas eu estava em constante tormento, brigar esbravejar com a babá não resolveria nada ela não fez nada errado, no fundo eu só queria mais um motivo para estar perto dela. Não consegui ir embora, Gaspar perguntou se eu precisava de alguma coisa se queria algo. Era um dia estranho confuso para mim, o fitei, não consegui esconder a agonia que eu sentia, disse. 

-Você pode voltar no tempo e borrar tudo que vivi nessa casa, fazer toda a dor que eu sinto sumir.

-Eu sinto muito senhor, mas não está ao meu alcance. Prepararei roupas limpas e um café quente para o senhor. -Obrigado Gaspar. -Pelo que senhor? -Por me ouvir. -Se precisar é só chamar senhor saberei ser um bom ouvinte. -Gaspar. -Senhor. -Quando você olha para o menino o que vê?  -Eu vejo o senhor na mesma idade correndo por todos os lados. -Acha que ainda tem tempo para eu reparar os erros cometidos todos esses anos?

-Só depende do senhor, o tempo age de várias maneiras, as vezes nosso inimigo outrora nosso aliado, depende do entendimento de cada um. -Poderia me dizer o seu ponto de visto. -O meu não é relevante senhor. -Estou lhe pedindo, as vezes um olhar de fora enxerga melhor.

-Se insisti senhor, eu digo que hoje ele é seu aliado. Me respondeu e se virou para a lateral da casa onde a babá caminhava apressada indo em direção aos fundos da mansão. Gaspar parecia que podia ler a minha mente. A simples menção de vela era capaz de acalentar meu peito, afastar os pensamentos sombrios, e desejar um futuro diferente do qual eu achava que não tinha mais direito.

 A simples menção de vela era capaz de acalentar meu peito, afastar os pensamentos sombrios, e desejar um futuro diferente do qual eu achava que não tinha mais direito

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Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora