YAGO SALAZAR CAPÍTULO 19.

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SEM CORREÇÃO,CONTÉM ERROS.

YAGO SALAZAR CAPÍTULO 19.

A cortesã queria enfiar na minha mente que as putas que dançavam no palco quase nuas se oferecendo aos machos presentes não se deitavam com os mesmos por dinheiro. Eu a ouvia, mas não me importava insistindo que ela me trouxesse, Salomé.

Diabos, eu estava tão fora de mim, possuído de ciúmes falando alto, em momentos de ameaça acho que me exaltei, ela estava me tirando do sério com suas mentiras, achando que podia me manipular. Disposto a mostrar a ela que não estava brincando, busquei com o olhar o fundo do palco onde Salomé saiu correndo, a fitei e em seguida e apontei o local com o indicador, caminhei em passos largos para o mesmo.

Abrindo porta em porta como um viciado a procura da sua droga encontrei o que me tirava a paz, o sossego, o sono, a fome. Sentada de frente a penteadeira ajeitava os cabelos no alto da cabeça, os prendendo._Salomé.A chamei, me aproximando, ela me fitou através do espelho, eu a fitei, a máscara branca em tons dourados ainda sobre o rosto, apele tomada pela tinta dourada, busquei seu olhar para os meus.

A magia, o frisson, meu corpo entrando em colapso a sensação de coração querendo pular do peito, não aconteceu, me senti perdido, deslocado, hora certa lugar errado. Eu a queria tanto, sentia necessidade em tocá-la, saber se era real.-Yago.A cortesã me chamou, me virei, a olhei, ela olhava de mim para a mulher sentada de frente para o espelho, a boca aberta os olhos arregalados. Voltei em si, me dando conta do erro que cometia, eu não podia agir daquela maneira era, não era eu, onde estava meu bom senso, ameacei esbravejei sem pensar.

Loucura da minha cabeça, eu estava impressionado com a dança, o corpo se movendo sobre o luar, mas agora a vendo de perto mesmo sem tocar sei que é real e não me impressionou, não senti absolutamente nada, as chamas que me queimavam vendo ela dançar, se apagaram. Aquela conexão de olhares um buscando o outro desesperadamente, não existiu ali através daquele espelho e estávamos tão perto, tão próximos, não era culpa da tequila, eu havia bebido, não tinha sido pouco, minha mente, meu corpo imploravam para que eu fosse embora dali urgentemente.

Acordei por volta das nove horas, nunca tinha ficado na cama por tanto tempo, melhor dizer nunca dormi por tanto tempo nos últimos anos. Ali acordado deitado sobre os lençóis buscava uma explicação para o que tinha acontecido na noite passada. Podia jurar que existiam duas Salomé, mas só uma me despertava paixão, fogo.

Eu estava apaixonado pela dançarina, atraído loucamente pela malemolência da serpente, desejando o corpo de curvas salientes, feitiço, eu estava enfeitiçado e quando a música acabava, com ela também acabava o feitiço, todas as vendas que estavam sobre meus olhos evaporavam com a música, será.   

Eu queria a mulher do palco, eu queria a mulher da praia, e quando tive a oportunidade de pegar o que eu queria eu rejeitei, meu corpo, minha mente a repeliu, eu estava queimando por ela, e de repente, tudo esfriou, seu olhar foi um balde de água fria não tinha nada ali especial, era um terreno desconhecido, pisando sobre uma fina camada de gelo prestes a ruir, eu cai, na queda me despertei.

Decidi que não iria ao porto naquela manhã, eu precisava ficar sozinho em silêncio, meu local de paz e silêncio era o farol. Na base do farol eu tinha um escritório montado de última geração, mas eu só usava em momentos de fulga. E aquele dia eu estava me escondendo dos olhares curiosos sobre a noite passada, me perdi no trabalho e quando me dei conta o dia estava no passado.

Havia acontecido novamente, eu me perdi no tempo, nas horas, tentando esquecer aquela mulher. Olhei as horas em meu pulso o jantar na casa do meu pai devia está sendo servido, eu estava morrendo de fome a imagem da babá dançando com a criança me veio a mente.

Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora