YOLANDA CAPÍTULO 24.

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SEM REVISÃO E CONTÉM ERROS.

YOLANDA 24

Ele já havia ido e, eu ainda o sentia em minhas mãos, toda minha carne tremeu com seu beijo. Eu não devia ter me rendido ao seu beijo, mas foi mais forte, foi, não sei nem explicar, ele me pediu e eu cedi, a forma que pediu, o jeito que me olhou, sua gentileza. Seus olhos sobre mim, me adorando, seu toque suave, sua boca, seu cheiro, ah, estou perdida por aquele homem.

Voltei para o quarto flutuando, corpo leve, sensação deliciosa no corpo e na mente, minha alma parecia vagar fora do meu corpo, euforia gritante. O inverno se transformando em verão, uma deliciosa geleira se derretendo com o calor das bocas se tocando, me senti como a primavera desabrochando, o contato dos corpos o fez gemer, um grande calor exalava entre nós, eu gemi, meus gemidos foram todos colhidos por ele. Ele me deixou radiante como se eu tivesse ido dançar na praia a meia noite, se ele soubesse que é o dono dos meus pensamentos e pesadelos.

Como um beijo pode nos deixar em fogo puro, o calor do corpo dele exalava pelo tecido encontrando meu corpo em chamas, uma lassidão quase incontrolável. Cristo, eu gemi com suas mãos se arrastando sobre minhas costas como se quisesse atravessar o tecido de algodão e tomar minha pele para si.

Foi uma atitude atrevida dele invadir o banheiro me vi encurralada, em perigo, senti mais pavor do que quando estava no Dama da noite dançando quase nua para um bando de homens, sua presença intimidadora quando se aproximou.

Então veio o toque suave em minha pele o medo foi se dissipando, arrepios tomando conta de todo meu corpo. Ali envolvida em seus braços abandonei todos os pensamentos e motivos pelos quais eu deveria fugir dele, eu me entreguei ao beijo, ao momento, parei de buscar motivos para fugir dele quando me pediu o beijo, eu quis o beijo, só um beijo e nada mais.

Estava tão embriagada, eloquente pelo que tinha acontecido no banheiro que não ouvi meu telefone, e o pior, não conseguia encontrá-lo. Eu não o tinha levado a praia o tinha deixado no quarto, mas onde, seguia o som e me desesperava cada vez mais para atende-lo poderia ser Yuty fazia tempo que não nos falava. O encontrei debaixo do meu travesseiro atendendo depressa ouvi o resmungo de sibila, me sentei na cama ainda amarrada na toalha fitando o nó que ele tinha feito na mesma.

-Até que enfim atendeu cheguei a pensar que Yago Salazar a tinha deportado. Era o que tinha acabado de acontecer, aquele homem tinha deportado a minha sanidade para longe, no limbo, apenas com um beijo. Naquele momento sabendo que era perigoso eu não queria buscá-la, por hora não ter sanidade era muito atraente, pensava enquanto ela falava.

-Yago esteve aqui no Dama da Noite, em todos esses anos que o conheço nunca o vi daquela forma. Ouvir seu nome agitou meu sangue. -Que forma. Perguntei curiosa. -Estava meio que transtornado, embriagado, ele queria você. Ele me queria eu o quero. -Me queria.  -Sim, chegou me ameaçar, pôr o Dama da Noite no chão se eu não desse o que ele queria. O homem que visitou meu banheiro não pode ser esse que ameaça as pessoas. -E o que fez para controlá-lo, resolver a situação. Ele era intimidador, sua presença marcante, as vestimentas escuras provocavam medo. -Não fiz nada, eu disse a ele que as dançarinas não faziam programa que elas tinham o direito de escolher. Espero que ele tenha ouvido bem o que sibila disse.-E ele se foi, com sua resposta. Espero que ele tenha ido, por favor que ele tenha ido, confabulava comigo mesmo em pensamentos.

 -Não ao contrário ele invadiu os quartos a procurando achando que eu estava mentindo. Ele é insistente. -Isso aconteceu ontem depois do meu show, será que ele sabe que eu sou Salomé. Na praia chegou perguntando quem era eu, os olhos com certeza do que via.-Não sei, mas quando ele encontrou o camarim que reservei para você ele parou, como se voltasse em si ele simplesmente foi embora, meio que deslocado chocado com ele mesmo.

Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora