Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.

YOLANDA CAPÍTULO 18.

 SEM CORREÇÃO, CONTÉM ERROS .

YOLANDA CAPÍTULO 18.

Cai na cama ainda sentindo toda a agitação de uma hora atrás, sentia falta de flutuar no palco, a magia de telo me olhando. Perguntei a Sibila porque me esconderam na casa da unica pessoa que não me queria ali, qui loucura, eu suspiro e sonho com ele, ele me toca com seu olhar intenso, mas se souber quem sou, me coloca em um porão direto para Angola.

Sibila respondeu que, se eu soubesse da verdade, não teria aceitado e, que senhor Alejandro achou a mansão o lugar ideal, seguro, discreto. E que a senhora Ceiça foi a pessoa que não deixou revelar que o homem truculento que conheci no convés estava mais próximo do que eu podia imaginar.

Eu estava vivendo debaixo do nariz do Senhor de Araruna, quando sibila me contou sua história, ela não mencionou Eduardo, contou apenas que a esposa o traiu que terminou em tragédia, que aos seus olhos todas as mulheres do mundo são iguais a ela, adormeci pensando naqueles olhos, eram muito intensos.

Pela manhã entrei na mansão cumprimentei Adele, Gaspar, o cheiro do café coado na hora estava por todos os lados, cheirinho de manhã. -Yolanda, senhor Alejandro o deseja falar, ele o espera na sala principal. Agradeci a Gaspar, e, fui me encontrar com o senhor, ele disse que eu poderia tomar meu café da manhã primeiro, mas eu tinha interesse em falar com o mesmo em questão.

Sentado em uma poltrona o belo senhor admirava os pardais brincando no jardim, a porta grande de vidro aberta, o cheiro de orvalho da grama indo embora com os primeiros raios de sol, parei ao seu lado.

-Bom dia senhor, deseja falar comigo?  Me fitou respondendo meu bom dia elegantemente, a voz calma, meio sorridente, me olhava de forma diferente naquela manhã, era carinhoso, confortante, não que seu olhar sobre mim era hostil, não, sempre me olhou e tratou com muito respeito. Queria eu saber porque aquele olhar, naquela manhã, misterioso.

-Senhor Alejandro porque me olha assim. -Assim, assim como, pode me explicar.-Seu olhar é confortante, caloroso. A incomodo. -Não, de maneira alguma me transmite boas sensações.

-Pois é, exatamente como me sinto a seu respeito minha jovem, me conforta sua presença, sua pessoa nos transmite calor, aconchego, confiança. Até a casa se comporta de maneira diferente depois da sua permanência na mesma, está mais viva. A criança, meu neto, transborda felicidade, cheguei a pensar em mandá-lo para longe, um internato, conviver com outras crianças, ele era triste aqui, o ar era carregado demais para ele, depressivo. Ainda bem que não fiz.

-Eu gosto de crianças e ele é encantador. Mais um sorriso caloroso se desprendeu de sua boca com o que falei. -O pai dele também era encantador na mesma idade, sei que deve ter ouvido muitos rumores, boatos sobre a personalidade de Yago, mas não acredite em nada espere conhecê-lo, tire suas próprias conclusões.

-Eu já o conheço senhor e, acho que descordamos, ou não estamos falando da mesma pessoa.

-Não, não, esqueça o episódio no Araruna, aquilo é um personagem, o verdadeiro Yago se esconde debaixo de um manto de frieza, aquilo é uma blindagem, esse que conheceu não é ele, deixe me pensar como posso descreve-lo, já sei, ele era uma versão do verão, quente e, agradável, mas nos últimos anos se tornou inverno, frio, escuro, calado. Meu filho foi quebrado de dentro para fora Yolanda, sua reconstrução terá um caminho longo, ou curto, dependerá da disposição do construtor, disposto a pegar essa empreitada.

Uma versão do verão, calor, mar, não consigo encaixá-lo, velo, de forma tão leve, solto. Mas quando penso no inverno, frio, escuro, calado, se torna perfeito, eu gosto, é desafiante. Meus pensamentos vagueiam, longe.-Yolanda. Ele me chama, meus olhos estão sobre ele, mas por um instante não o vi, me distraindo em pensamentos inadequados.