YOLANDA CAPÍTULO 29.

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CONTÉM ERROS E SEM REVISÃO.

CAPÍTULO 29.

YOLANDA.

Em frente ao portão da mansão saltei da bicicleta ofegante, não sentia meus joelhos, todos os músculos do meu corpo tremiam. Exigi muito de mim mesmo em todo o percurso pedalando como uma louca.

Meu corpo queria se jogar no chão pedindo descanso, meus pensamentos gritavam chamando minha atenção que tinha sido um erro colocar outra em meu lugar. Me alertavam, berrando que era o fim, que o tinha perdido. Nunca mais sentiria o gosto daquela boca? Pensava enquanto subia a escada que dava acesso aos quartos.

Quantas vezes ouvimos dizer que coração não dói, mentira! Meu peito estava queimando tamanha dor que sentia, sinto o pobrezinho na goela, batendo desesperado quase me causando um enfarto.

Ouvia minha própria respiração, estava exausta, mas eu queria a confirmação que ele estava com Tamina no quarto. Me aproximei da porta espalmei as mãos sobre a madeira encostando meu ouvido esquerdo na mesma.

Não conseguia ouvir nada, tudo estava em absoluto silêncio. Talvez até já estivessem dormindo, estava tão louca que segurei o trinco da porta. Eu poderia abrir só um pouquinho e olhar lá dentro. Onde estava minha consciência para me impedir de tanta imprudência! 

-Yola! Juro que senti meu coração parar de bater quando ouvi me chamarem. Só não cai dura porque só existia uma pessoa naquela casa que me chamava de Yola. Minha pequena e linda criatura de cabelos negros e pele branca como uma nuvem de algodão doce estava na minha frente me olhando com olhos curiosos.

-Porque está aí encostada assim? Me desencostei da porta, me afastei e ele continuava me olhando. Eu não queria mentir então respondi sua pergunta com outra.

-Não devia estar aconchegado em sua cama no quinto sono? Me aproximei dele o levantando em meus braços suas pequenas pernas enlaçaram minha cintura beijando sua caixa torácica sobre o pijama fofo de ursos. Ele me abraçou dizendo que estava no quinto sono, mas se levantou para fazer xixi, que passos no corredor chamaram sua atenção.

 -Porque não fez xixi antes de se deitar? -Eu esqueci, e o senhor Yago também não me ajudou lembrar. Aquela noite ele havia me dispensado das minhas obrigações com Edu, deixei esse pensamento de lado e perguntei se havia demorado muito para dormir. Respondeu que sim que Yago Salazar não sabia contar histórias como o avô Alehandro.

Disse a ele para lhe ensinar, dando algumas dicas, uns toques de como ele gostava, ele sorriu.

-É melhor não ele pode se chatear, e achar que sou exigente, ou mal agradecido. -Bobagem! Ele seria um chato se pensasse isso de você. -Também gosto das suas histórias. -Obrigado. Respondi eo beijei outra vez o colocando de volta na cama. O cobri e esperei que voltasse a dormir novamente. Antes do pequeno me flagrar eu estava em meio uma tempestade. 

A tempestade ainda está aqui em meu peito, em minha mente, mas agora eu enxergo o tamanho da loucura que ia cometer se abrisse aquela porta.

DUAS SEMANAS DEPOIS.

A mansão estava uma loucura, senhor Alejandro e dona Ceiça estavam voltando de viajem para casa naquele dia e uma festa de boas-vindas estava sendo planejada, ideia de Yago Salazar. A cada dia que se passava tentava me recuperar do desprezo dele. Ele não me dirigia uma palavra, nunca mais senti seus olhos sobre mim a não ser quando estava no palco do Dama da Noite.

Antes me apresentava uma vez durante a semana agora passaram a ser duas e aos domingos, e todas as noites de show ele está lá. Eu danço para ele, o vejo, tão lindo, as músicas escolho a dedo para que me reconheça me enxergue através delas. Mas quando o show termina e as luzes do palco se apagam ele se vai e Tamina vai com ele.

Senhor de Araruna.EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora