No final do dia, uma visita?

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Depois que voltei para pista, vi Sarah dançando com seu amigo. Seus corpos estavam colados, ela mexia seu quadril de um lado para o outro e eu só sabia olhar algumas vezes, "tá... diversas vezes"...e depois fingir demência quando ela se virava na direção que eu estava. Confident tinha começado a tocar e vi ela falando algo com o amigo que logo saiu, ela ficou ali sozinha e um pensamento absurdo veio na minha cabeça

- Juliette...o que deu em tu, mulher? - disse a mim mesma.

Comecei a dançar no ritmo da música, passava minhas mãos pelo meu corpo tentando chamar atenção de alguém que logo percebi que me observava e não aguentei a risada vendo-a fechar o punho ao notar minha provocação. Verdadeiramente não sabia o que estava acontecendo, duas héteros que não vão com a cara uma da outra, naquele momento se encaravam e sentia que nada conseguiria me fazer decidir o contrário. Um cover de toxic começou a tocar na boate e algumas partes da letra eu fazia questão de dançar olhando para os seus olhos ,tentando mostrar nitidamente que eu estava oferecendo as letras em sua homenagem. As coisas que aconteceram em seguida não foram tão legais, visto que Sarah resolveu intervir bruscamente quando um rapaz chegou para dançar comigo e me fez por alguns segundos minha atenção se desfocar da loira que chegou feito um furacão até nós me tirando de perto do rapaz, ameaçando-o e em minutos eu estava dentro do seu carro sendo arrastada não sei pra onde. Meus sentidos estavam lentos, sentia meu corpo pesar,o caminho todo eu só conseguia sentir um perfume invadindo meus sentidos e por mais que eu quisesse abrir os olhos...não conseguia. Em poucos minutos eu estava aqui dentro de casa, depois de uma rápida conversa, confrotando quem jamais pensei em bater de frente...quem dirá tomar a atitude que nos levou a essa situação...

- Juliette!!! - diz me tirando do transe.

- Diga, Sarará...

- Dá para você me soltar? Ficou maluca?

- Eu estou bêbada, com um simples empurranzinho para o lado você consegue me jogar longe.

- Você está passando dos limites!

- Então é só me empurrar.

Sarah fica quieta, nossos corpos estão tão próximos que posso sentir sua respiração, nossa diferença de tamanho é significativa me fazendo ficar quase na altura dos seios da mais velha que nota que estou os observando.

- Por que continua aqui, Professora? - sorrio debochada.

- Não vou te empurrar - diz olhando para o outro lado.

- Por que? Não pode ou não quer?

- não diga besteiras.

- eu nem comecei - sorrio.

- Juliette... - suspira - por favor...

- Tá, tá...-reviro os olhos.

Me afasto de Sarah e pulo na cama a observando ainda parada.

- Vai virar meu novo enfeite de casa, Sararah?

- Quero que não conte nada do que aconteceu aqui hoje ,entendeu? Pra ninguém. - ressalta.

- Huuum - Faço bico - Vou pensar no seu caso.

- Juliette! - me repreende.

- dou risada e vejo seus olhos se revirarem - Do tanto que você revira esses teus olhos um dia eles não voltam mais - Rio.

- Pelo visto você já está ótima, voltou até com a sua inconveniência. - diz arrumando sua bolsa sobre o ombro.

Sarah abre a porta saindo para fora, sorrio me levantando da cama e vou atrás dela vendo-a já abrindo a porta para sair.

É vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora