É você

Confessa

Pov Juliette...

Por sorte Sarah não desmentiu  a história do casamento para o porteiro que deixou meu livre acesso no prédio para que eu pudesse ter a oportunidade de olhar nos olhos da mulher surpresa na minha frente.

- Me responde, Sarah!

- Suspira - Gil...acho que já pode abaixar essa faca.

Fico confusa com suas palavras, mas entendo após olhar para o lado e ver Gil estático segurando uma faca frente ao corpo.

- Gil?

- Oi, Ju... - sorri amarelo.

- Você estava aqui quando te liguei?

- Uhum...

- Pode nos dar licença, Gil? - Diz Sarah.

- Não, ele fica... - digo séria.

- Por que? Está com medo de mim? - não respondo e ela suspira - Eu não tenho nada ligado a Karol, Juliette.

- Ah não? Então me explica o porquê ela me disse que ficar ao seu lado era um perigo a minha vida?

- Por que ela é maluca? Karol não gosta de mim, sempre apoiei Lumena a ficar longe dela. - diz calmamente.

- Ela imitou uma arma Sarah, apontou na minha direção - digo, sinto meus olhos marejarem.

- O que? - sussurra surpresa.

- Me conta... - me aproximo - por favor, me conta a verdade, me conta o porque você age dessa forma.

- Eu vou acabar com aquela desgraçada... - sussurra virando-se de costas.

Sarah anda até a porta da varanda sem dizer nada, olho para Gil que se mantêm quieto e apenas desvia o olhar para que eu não consiga lê-lo.

- Sarah, por favor...

- Você não precisa saber de nada Juliette, acredite. - diz ainda de costas.

- Eu entrei na sua vida, eu me envolvi com você...eu tenho o direito de saber.

- Não, você não tem! - Diz virando-se para me olhar - nada disso é da sua conta, você já fez sua escolha, você já seguiu.

- Não mude de assunto, não foi eu que quis isso, você me empurrou para essa decisão.

- eu? - rir nervosa - Foi só eu passar pela porta do seu apartamento que você correu para os braços dele.

- Você me dispensou, me tratou como se eu fosse um nada,apenas uma pessoa que passou pela sua noite e nem sequer perguntou seu nome.

- Vo...

- eu tô cansada - interrompo-a - Cansada de me desdobrar para me encaixar nesse seu mundo, me encaixar nesse cubículo que você separou pra mim...e que agora me culpa sendo que não foi eu que não aguentou por covardia.

- Juliette, não começa... - vejo suas mãos se fecharem e seu rosto avermelhar.

- não começar o que? - ironizo - A jogar na sua cara tudo o que você já sabe? É difícil ouvir tudo em voz alta? É di...

- Juliette, fica quieta... - sussurra andando de um lado para o outro.

- não, porque você me deve a verdade, vo...