Sem direção

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2 meses depois...

Pov Juliette...

Eu só queria chegar o mais rápido possível,sinto minhas mãos tremerem,o ar me faltar cada vez mais,vejo o motorista do aplicativo me olhar através do espelho do carro como se quisesse dizer algo,mas apenas abaixo a cabeça para que não houvesse esse espaço,e me abraço sentindo meu braço esquerdo ainda dolorido.

"Por favor chega logo,por favor chega logo..."

Eu só quero que isso seja um pesadelo. Tem que ser.

Horas antes...

Apesar da situação em que eu e Sarah nos encontramos referente a minha situação com o Bill,estamos indo bem, ainda não posso definir nada sobre o que somos uma da outra,ou o que sou para ela,porque sei exatamente o que ela é para mim. Até agora não consegui terminar com o Bill,pelo contrário,ele continua cada vez mais enfiando a família dele em tudo e todos os dias sou contatada pela mãe dele com diversas fotos de coisas aleatórias,histórias antigas sobre a família e o desejo de nos encontrarmos.

Teve mais um momento dentro desses dois meses que tentei terminar com ele,e quando eu estava prestes a dizer o que de fato sentia sobre nosso relacionamento,ele diz que está passando mau com a comida e nossa noite terminou com a gente no hospital e mais declarações dele de como precisa de mim,que não tem ninguém na cidade e está feliz por me ter. Ter o que? Somos distantes em vários quesitos,incluindo sexual visto que fujo de ir para cama com ele há dois meses e só trocamos algumas carícias antes de eu inventar qualquer coisa para nos afastarmos. As vezes penso em abrir o jogo,de atear o foda-se porquê tudo isso não se trata só sobre ele e o que ele sente,mas sobre mim também,mas eu não consigo e me sinto uma idiota por isso.

- Ju, está tudo bem? - Carla questiona,e observo que ela tinha se juntado a mim no banco aqui no campus.

- Está tudo uma bola de neve,Carlinha. - digo cansada.

- Está tão dificil assim terminar com o Bill?

- Bufo - Sim, eu sou idiota demais...a mãe dele se enfia no meio cheia de amores pra dar e eu fico com dó, adio para quando ela não está e quando tento,sempre acontece algo que nos tira da conversa.

- Acha que ele sente que quer terminar?

- Acho,pior que acho. E é isso que me instiga a fazer de uma vez por todas,mas não envolve só a mim. Tenho medo da reação dele!

- Medo em qual quesito,ele...

- Não,não...-  a interrompo - Ele nunca teve nenhum tipo de ato que esteja pensando. Mas é que ele está entregue demais,e eu sei o sentimento que é ser rejeitado por alguém...- olho para Sarah em uma distância razoável vendo-a passando pelo corredor.

- E vocês? Como estão?

- sorrio de lado - Estamos bem,cada dia que passa eu me apaixono mais por essa mulher, acredite ou não,ela tem uma essência pura,única, é sensível e forte ao mesmo tempo...a admiro demais. - digo ainda encarando o local por onde ela passou.

- Eu não tenho dúvidas que ela seja tudo isso,mas por algum motivo ela esconde de todos.

- Suspira - Aprendi que não devemos julgar o livro pela capa, foi assim desde o início com ela,tive a mesma opinião que você e não desisti de me aproximar dela...claro,de início eu não sabia o que eu estava sentindo,se era apenas curiosidade por conta da personalidade dela, se era atração,eu só a queria por perto,desvenda-lá tinha se tornado minha missão nesse lugar.

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