São meus

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Pov Sarah...

Depois de uma conversa um tanto calorosa com Boninho o qual levei a melhor após dizer que se ele fosse a favor do rapaz, não mediria esforços para levar esse caso para mídia e a justiça e que isso só prejudicaria a reputação da faculdade assim como a da famlia renomada do rapaz, ele baixou a guarda afirmando ser uma situação inadmissível e que a consequência que dei ao rapaz pelo seu ato foi necessária.

Esperei todos do resort se instalarem em seus quartos, e decidi ir a piscina aproveitar finalmente um pouco desse lugar sem ser observada por estranhos ou pelos alunos que com certeza comentariam entre si que a professora mais estranha da faculdade resolveu se misturar com meros mortais, só não esperava que às três e pouca da manhã, depois de eu mergulhar nesta água gelada e voltar a superficie, estaria sendo observada por Juliette...e menos ainda fazer o que estou prestes a fazer vendo-a ir embora.

- Juliette...Fique!

- Tem certeza? - Diz de costas.

- O local é público, não posso proibi-la de ficar. - Mordo o canto do lábio receosa.


Juliette suspira, mas aceita meu pedido e volta a se sentar na esteira me olhando.

- Esperou que todos fossem dormir para nadar? Isso que é ser reservada...

- Gosto de privacidade.

- Então porque estou aqui?

- Não estou obrigando-a a ficar, pode se retirar quando quiser.

- Estou bem aqui. - ironiza.

Reviro os olhos e o silêncio se instala entre nós duas, me viro voltando a mergulhar para quebrar essa situação e permaneço por mais segundos aqui embaixo tentando racionar o porque raios tomei essa atitude de pedi-la para ficar, volto para superfície vendo Juliette me olhando e me sinto nua.

- Curiosa você, não?

- Eu diria observadora. - pisca para mim.

- Carla desconfiou de algo? - pergunto.

- Não tem nada para desconfiar. - Diz olhando para suas mãos entrelaçadas em cima dos seus joelhos.

- Tem certeza?

- Revira os olhos - Ela ficou um pouco, mas acredito que a mentira que contei tenha servido.

- Você não sabe conversar sem ficar em cima das pessoas, olha no que dá. - Ela fecha a cara e sinto vontade de rir.

- Estar em cima de alguém é bem diferente da situação ocorrida entre nós duas, professora.  - Ironiza sorrindo de lado vitoriosa por sua resposta.

- Me polpe, Juliette...- sinto minhas bochechas queimarem.

- Não acredito - sorri - você está com vergonha. - rir.

- Não estou não! -  digo séria, sinto meu rosto queimar mais ainda.

- Está vermelhaa! - rir.

- Pare de rir. - ordeno.

Juliette começa a gargalhar da minha situação, suas mãos são pousadas em cima da sua barriga e vejo-a ficar sem ar por suas risadas e sinto meu sangue ferver por demonstrar algo que não estou habituada. Juliette para de rir tentando controlar os resquícios de risos e sua respiração, e apenas observo com uma enorme vontade de afogá-la nessa piscina.

- Desculpa... - diz limpando as lágrimas no canto dos olhos.

- Acabou a ceninha? - arqueio a sobrancelha.

É vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora